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Após escândalo do INSS, PDT anuncia independência e deixa base do governo Lula na Câmara

Decisão foi tomada após o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, ter se demitido do Ministério da Previdência Social na última sexta-feira (2)

O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer

A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu, por unanimidade, nesta terça-feira (6) deixar a base do governo Lula (PT) na Casa e adotar a independência.

A decisão foi tomada durante uma reunião na casa do líder do partido, Mário Heringer (MG), e ocorre após a demissão do presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, ter pedido demissão do Ministério da Previdência Social na última sexta-feira (2), após a revelação de um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Heringer afirmou que a crise no INSS foi o “copo d'água” diante de uma relação que já vinha apresentando desgastes há muito tempo.

“Apoiar o governo Lula não é problema nenhum pra gente, até porque é o governo que está aí e tem feito um trabalho bom para o Brasil. Mas o governo Lula não está dando, e não estava dando desde antes, a reciprocidade e o respeito que o PDT julga merecer”, declarou o líder.

O deputado afirmou que o partido não passará à oposição por não ter “afinidade” com os partidos que integram o grupo atualmente e destacou que a decisão não se trata de uma “vingança” contra a gestão petista.

Mário Heringer elogiou ainda o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz (PDT), mas disse que sua indicação partiu do próprio presidente Lula e não da bancada.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.