O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Juliano Lopes (Podemos), anunciou nesta sexta-feira (14) a criação de uma comissão especial para discutir o novo contrato com as empresas de ônibus. O atual vínculo termina em 2028. O requerimento solicitando a formação do colegiado contou com a assinatura de 16 vereadores.
De acordo com Juliano Lopes, a comissão especial contará com cinco membros efetivos, além dos suplentes. Os nomes dos integrantes devem ser publicados em até cinco dias úteis.
“Nós reclamamos aqui (na Câmara) do transporte público. Muitas vezes, a prefeitura e a Câmara Municipal ficam engessadas, porque o contrato é de 2008, já vai fazer 20 anos praticamente deste contrato. Então, a comissão foi formada hoje, aprovada em plenário e nós esperamos que os líderes partidários indiquem quem serão os membros que irão ocupar essa comissão”, comentou Lopes.
Ainda segundo o presidente da Câmara, o objetivo da comissão é ouvir todas as partes interessadas para que o futuro contrato seja mais benéfico aos usuários do transporte público. “A comissão deve chamar técnicos da BHTrans, da Sumob, chamar as empresas, ouvir todo mundo. Nós sabemos que do jeito que está, a prefeitura fica engessada em relação a esse contrato. E quem está lá na ponta, diretamente (usuário), vem reclamando muito sobre o transporte coletivo na cidade de Belo Horizonte”.
Atual contrato será mantido
Questionado sobre a possibilidade de a Câmara de BH articular uma eventual quebra do atual contrato com as empresas de ônibus, Juliano Lopes foi taxativo. “Não, essa comissão não é para anular o contrato. Essa comissão é para já começar os estudos do novo contrato de ônibus. Se tem um contrato que vai vencer em dezembro de 2028, no mínimo, a partir de agora a prefeitura tem que começar chamar os responsáveis para estudar esse contrato, já que envolve um assunto muito importante na cidade de Belo Horizonte”, afirmou.
O presidente da Câmara também criticou o atual contrato e disse que a expectativa é que os termos do novo vínculo estejam prontos em até 18 meses. “Tem que ser completamente diferente do que está (em vigor). Revista todas as condicionantes do contrato, em relação à garagem dos ônibus, à bilhetagem. O mesmo sistema que comanda tudo. Na minha opinião, tem que se desfazer cada sistema. Nós precisamos discutir. A Câmara Municipal está cumprindo o papel dela de auxiliar a prefeitura. E eu espero que a prefeitura nos ajude e colabore mandando os seus técnicos responsáveis para que, daqui a no máximo um ano, um ano e meio, nós já tenhamos praticamente pronto isso (novo contrato)”.