O prefeito interino de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), afirmou que espera uma relação de diálogo e respeito com a Câmara Municipal.
Em entrevista exclusiva para o jornal da Itatiaia, na manhã desta quarta-feira (8), Damião falou também sobre os desafios com as obras contra enchentes na Vilarinho e na Cristiano Machado, sobre a municipalização do Anel Rodoviário e sobre o estado de saúde do prefeito licenciado Fuad Noman (PSD).
“Converso sempre com a Dona Mônica (esposa de Faud) e graças a Deus a evolução é boa. O prefeito vai estar em casa em breve. Pedimos a todos que orem pelo prefeito. Ele está evoluindo, é gradativo. As sequelas do tratamento são pesadas, mas em breve ele estará em casa e na Afonso Pena 1212”, afirmou Damião.
Relação com a CMBH
Após uma disputa acirrada pelo comando do parlamento, em que Damião e o prefeito Fuad Noman apoiaram o nome de Bruno Miranda (PDT) na eleição contra o presidente eleito Juliano Lopes (Podemos), o prefeito interino avalia que o assunto já ficou no passado.
“O assunto eleição ficou no passado. Todos nós fomos eleitos, prefeito, vice-prefeito, vereadores, para representar a população. Boa sorte ao Juliano, boa sorte aos vereadores. Ontem eu recebi sete vereadores na prefeitura por causa da sanção das leis que eles apresentaram”, disse Damião.
Aumento da passagem do ônibus
O prefeito interino considerou normal a articulação de vereadores para tentar derrubar o aumento da passagem de ônibus de Belo Horizonte.
Como mostrou a reportagem da Itatiaia,
“Fui vereador durante 8 anos e toda manifestação da Câmara é legítima. Não temos problema nenhum com isso. O que vamos mostrar é que ninguém aumenta a passagem de ônibus por que quer. Esse aumento tem que acontecer para cobrarmos a qualidade do serviço. Hoje, nossa passagem não é a mais cara da Grande BH. Nós temos que cobrar a qualidade do serviço prestado. Não vamos aceitar uma pessoa pegar um ônibus, parar no Move e não conseguir ir para a casa dela porque não tem ônibus. A linha tem que sair e levar a pessoa para o bairro dela. Nos finais de semana temos muitas pessoas que trabalham e dependem do ônibus”, avaliou o prefeito interino.
“Eu quero ir acompanhar de perto o Tolerância Zero nas próximas semanas. Um dos melhores programas já criados, para fiscalizar os ônibus. Não é só barrar o ônibus, a empresa tem que repor o veículos. Tivemos 1005 veículos novos nos últimos anos. Temos a frota mais nova das capitais brasileiras”, concluiu Damião.