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Valdemar Costa Neto sabia que dados contra urnas eletrônicas eram falsos, diz PF em indiciamento

Presidente do PL usou informações que sabia serem falsas para entra com representação no Tribunal Superior Eleitoral, e atuou com aliados para divulgar fake news a influenciadores

Para a Polícia Federal, Costa Neto sabia sobre a divulgação de conteúdo falso no intuito de desmoralizar as eleições em 2022

O relatório final da Polícia Federal (PF), que indiciou Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, detalha a participação do presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, no processo para impedir a vitória de Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Costa Neto virou alvo da PF depois que a coligação PL, Republicanos e Progressistas entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedia a anulação de parte dos votos das eleições de 2022, após a derrota de Bolsonaro. A investigação indica que o partido foi usado “para financiar a estrutura de apoio as narrativas que alegavam supostas fraudes às urnas eletrônicas, de modo a legitimar as manifestações que ocorriam em frentes as instalações militares”.

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A investigação aponta que apesar de o questionamento formal sobre as urnas ter partido da coligação, o presidente do PL era “principal fiador dos questionamentos”, inclusive, ajudando a financiar ataques e criação de notícias falsas sobre o processo eleitoral.

O documento aponta que Costa Neto não só tinha a ciência da elaboração do relatório com dados falsos sobre as urnas, mas também foi um dos responsáveis, ao lado de Jair Bolsonaro, por decidir divulgar o conteúdo

Nesta terça-feira (26), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, quebrou o sigilo do “inquérito do golpe”. O texto final tem 884 páginas e foi enviado para a Procuradoria Geral da República.


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Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.