O governador Romeu Zema (Novo) sabe a quem escolhe para brigar.
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De Minas, além do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL), considerado bolsonarista raiz, Romeu Zema foi o único a participar do ato na Paulista, onde Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro marcaram o protagonismo característico de potenciais candidatos a uma chapa à Presidência da República.
A Zema foi oferecida a palavra, mas ele não quis discursar. Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e o do Paraná, Ratinho Junior (PSD), passaram longe da avenida Paulista. Possivelmente porque, pré-candidatos que são, não desejem fortalecer a construção da candidatura de Tarcísio de Freitas, que se alinhava à federação União Progressista.
Adicionalmente, talvez Caiado e Ratinho, ainda que tenham as suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), não queiram abrir um confronto como o fez Tarcísio, para ser ungido pelo bolsonarismo raiz.
Zema busca o seu espaço na disputa presidencial. Assume o discurso bolsonarista, mas é rejeitado pelos autênticos. E como abraça uma narrativa mais radical, terá dificuldades em transitar junto ao eleitorado moderado. Ser ou não ser, eis a questão posta ao governador Romeu Zema.