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ALMG volta a discutir reestruturação do Ipsemg proposta por governo Zema nesta segunda-feira

Projeto prevê um aumento de mais de 80% no piso e no teto de contribuição dos beneficiários; texto estava pronto para ser aprovado em primeiro turno há três meses, mas não houve consenso entre deputados

A diretoria do Sindicato dos Servidores do Ipsemg, o Sisipsemg, estará presente acompanhando a reunião

Depois do descongelamento de várias pautas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na última quarta-feira (30), o projeto de lei 2.238/2024, que altera a estrutura do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais, o Ipsemg, deve voltar para a discussão entre os deputados na próxima segunda-feira (4).

A proposta, no entanto, não tem agradado os servidores públicos. De acordo com Antonieta de Cássia Dorledo, presidente do Sindicato dos Servidores do Ipsemg, o Sisipsemg, os funcionários não são contrários a reestruturação, mas sim contra “os moldes em que a mudança está sendo feita”.

O governo de Minas Gerais precisa fortalecer mais a instituição. O IPSEMG foi, ao longo desses anos todos, muito prejudicado pelos diversos governos que passam e só pensam em usar o instituto politicamente e retirar recursos do seu caixa. Então essa luta é antiga
disse para a Itatiaia.

O texto, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), prevê a alteração do piso e do teto de contribuição dos beneficiários. A previsão é que, se aprovado, o piso de contribuição aumente de R$ 33 para R$ 60 e o teto passe de R$ 275,15 para R$ 500, uma mudança de mais de 80%. Além disso, outra medida também descrita no texto é o fim da isenção para cada filho dependente com menos de 21 anos.

Outro ponto criticado pelos servidores, é que, se aprovado, o texto permite que o governo venda imóveis que pertencem ao IPSEMG. O valor arrecadado seria revertido para despesas para a assistência de usuários e demais gastos do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores.

A presidente do sindicato apresenta ressalvas sobre o tópico. "[Os imóveis] são uma reserva técnica, é para o futuro, uma necessidade específica, porque a gente tem lembranças de que pega e vende, daí o dinheiro evapora e você fica sem o imóvel e sem o dinheiro. Então tem que ser uma coisa muito bem feita, muito bem resolvida, né?”, explicou.

No texto, o governo apresenta seis imóveis que poderiam ser vendidos: cinco deles em Belo Horizonte e um em São João Del Rei, na região do Campo das Vertentes.

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O governo defende que a proposta visa aumentar a capacidade de atendimento da rede, além de modernizar e aprimorar a prestação de serviços do instituto.

Na segunda-feira (4), a partir das 9h, a Comissão de Administração Pública da ALMG irá realizar um debate público para discutir os impactos do PL. A diretoria do Sisipsemg irá acompanhar a reunião.


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Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.