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Candidato à sucessão de Lira, Motta defende comissão sobre anistia aos investigados pelo 8 de janeiro

Líder do Republicanos foi oficializado nesta terça-feira como postulante a presidência da Câmara

O líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta

O Republicanos oficializou nesta terça-feira (29) a candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara. O evento foi realizado na sede do partido em Brasília e contou com a presença dos deputados da bancada.

“O deputado Hugo Motta representa hoje o nome capaz de agregar todas as forças políticas da Câmara dos Deputados para fortalecer a agenda legislativa e enfrentar os desafios que o Brasil tem pela frente”, diz a nota divulgada pela bancada e lida pelo presidente do partido, deputado Marcos Pereira (SP).

Em uma rápida fala a jornalistas, Motta se posicionou em relação ao projeto de lei que concede anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A tramitação da proposta era um dos entraves nas negociações pelo apoio do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas Lira decidiu criar uma comissão especial para discutir o projeto, o que, na prática, atrasa sua análise.

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“Misturar um tema tão importante e complexo como é esse projeto de lei da anistia com eleição para mesa diretora dos próximos dois anos não é justo”, afirmou Motta, que também defendeu a análise por uma comissão especial como forma de buscar um “equilíbrio” acerca do texto.

“Nós tivemos um episódio triste, que foi o 8 de janeiro, mas também não podemos permitir que injustiças sejam cometidas com pessoas que têm levado, vamos dizer, condenações acima daquilo que seria o justo para com a participação ou não dessas pessoas em um ato que aconteceu e que o Brasil precisa, de uma vez por todas, passar esse assunto a limpo e não permitirmos que isso aconteça novamente, já que foi um triste episódio de agressão às instituições democráticas do país”, completou.

O deputado paraibano também afirmou que respeita os demais postulantes ao cargo, os líderes do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e do PSD, Antonio Brito (BA), e disse acreditar na possibilidade de “construir uma convergência” até o final do processo.

A eleição para o comando da Casa acontece em fevereiro de 2025. Mais cedo, Lira anunciou publicamente seu apoio à candidatura de Motta durante um pronunciamento na residência oficial da presidência da Câmara.


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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.