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STF assume conciliação para ressarcimento de danos causados pela tragédia ambiental de Mariana

A decisão foi anunciada na noite desta quinta-feira (24) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso

Começa nesta segunda (21) julgamento do caso Mariana em Londres

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou nesta quinta-feira (24) que a Corte ficará responsável pela busca de conciliação entre as partes envolvidas no rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana.

A tragédia ambiental ocorreu em novembro de 2015.

Barroso levou em consideração o argumento de que, no caso, há potencial conflito federativo que pode atrair a competência constitucional do STF, uma vez que o rompimento da barragem afetou diversos entes da federação como a União, estados e municípios.

O presidente do Supremo destacou, ainda, que a ação de conciliação também trata de reparação de danos ambientais e sociais de larga escala, que impactam comunidades e pessoas em situação de vulnerabilidade.

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Ainda conforme Barroso, a celebração do acordo com homologação pelo Supremo será capaz de evitar a contínua judicialização de vários aspectos do conflito e o prolongamento de situação de insegurança jurídica.

“O litígio envolve gravíssimos danos ambientais e impacto sobre os direitos de cidadãos brasileiros em território nacional, devendo, assim, ser resolvido pelo sistema judicial brasileiro. Esse aspecto reforça, portanto, a necessidade de uma solução definitiva do conflito, devidamente chancelada pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou o presidente do STF.

A decisão de Barroso foi tomada na Petição (PET) 13157, apresentada pela União, pelos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelos Ministérios Públicos dos dois estados, pela Defensoria Pública da União e pelas Defensorias estaduais, pela Samarco Mineração S/A e pelas duas empresas que a controlam (Vale e BHP Billiton).


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Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.