Bluesky, utilizado como alternativa ao X, ainda não tem representação legal no Brasil

O X, antigo Twitter, está suspenso em todo o Brasil por decisão do STF após Elon Musk não indicar representante legal da empresa no país

Bluesky ganhou um milhão de usuários nos últimos dias

Com o X, antigo Twitter, fora do ar, internautas brasileiros vêm buscando alternativas para a rede social. Entre elas, está a plataforma Bluesky, que tinha 6 milhões de usuários até semana passada e, apenas nos últimos três dias, ganhou um milhão em uma invasão brasileira.

No entanto, de acordo com a Folha de S. Paulo, o Bluesky não tem representante legal no Brasil. Vale lembrar que a suspensão do X, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, ocorreu após o descumprimento de uma ordem judicial para indicar um representante no país.

Entre sexta e sábado, o português chegou a superar o inglês entre as línguas mais usadas para publicar mensagens no Bluesky, que tem sua sede nos Estados Unidos.

Diferença entre X e Bluesky

O principal ponto de distinção entre as situações do X, antigo Twitter, e o Bluesky é que a rede de Elon Musk já tinha escritório e representação no país. Porém, decidiu desfazer sua estrutura e ignorou as multas aplicadas por descumprimento de decisões judiciais que já somam R$ 18 milhões, segundo o STF.

No último dia 17, a empresa anunciou que encerraria suas operações no país e acusou Moraes de ameaçar prender seus funcionários.

Por sua vez, o Bluesky foi lançado em 2022 e só liberou o cadastro público, sem exigência de convite, no início deste ano. A interface é muito parecida com a do X mas não há todas as funcionalidades, como opção para postar vídeos.

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X suspenso

O acesso ao X foi bloqueado em todo o Brasil na madrugada de sábado (31). Alexandre de Moraes havia determinado que a plataforma indicasse um representante legal no Brasil, conforme o Marco Civil da Internet, o que não foi feito por Elon Musk.

A suspensão foi confirmada pela 1ª Turma do STF nesta segunda-feira (2) e vale por tempo indeterminado até que Musk indique representante no Brasil e pague as multas devidas à Justiça.

Na decisão, Moraes também previu multa diária de R$ 50 mil para cada usuário que utilize serviços de VPN para acessar o X no Brasil.

Ainda não há registro de multas aplicadas e milhares de usuários ainda mantêm acesso ao X mesmo sem VPN, já que pequenas empresas operadoras de internet ainda não efetuaram o bloqueio completo.


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Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia

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