O policial Wellington Macedo, que fazia parte do gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), teria solicitado ao chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, que investigasse questões relacionadas à segurança do magistrado e de seus familiares. A informação foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” nesta quinta-feira (15).
Entre as informações solicitadas estavam o vazamento de dados pessoais e ameaças dirigidas a números associados ao ministro ou publicadas nas redes sociais, além de dados sobre prestadores de serviço que atuariam na casa de Moraes.
Segundo a reportagem do jornal de São Paulo, Tagliaferro teria afirmado que levantou informações sigilosas a partir da ajuda de um policial civil do Estado que era “de sua extrema confiança”.
A função do TSE é averiguar questões de propaganda eleitoral e que, portanto, não incluiu a atuação da estrutura do órgão para fins de proteção do ministro do STF que, à época, presidia a Corte Eleitoral.
As informações reveladas nesta quinta
Defesa de Moraes
Ainda na terça-feira (13), após a primeira reportagem,
Em sessão do STF nessa quarta-feira (14), Moraes disse que seria “esquizofrênico” se “auto-oficiar” ao justificar pedidos de informações ao TSE, ao se referir sobre os relatórios solicitados à AEED que posteriormente embasaram decisões do ministro no STF.
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A Itatiaia contatou o STF e TSE para falar sobre os novos desdobramentos da revelação da Folha, mas não obteve resposta até o momento desta publicação. O espaço segue aberto para manifestações do órgãos envolvidos.