O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a má avaliação dos indicadores econômicos está diretamente associada a campanhas de desinformação em redes sociais. Durante sabatina no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ele voltou a reconhecer a existência de um desafio na comunicação do governo federal.
“Temos uma oposição que atua para minar a credibilidade das instituições, dos dados oficiais, do Estado brasileiro. Eles atuam diuturnamente nas redes sociais”, disse Haddad, nesta sexta-feira (12).
Pesquisa
Ainda no cenário econômico,
A avaliação negativa da economia é maioria entre as famílias que recebem mais de 5 salários mínimos (44% apontam que piorou) e as que recebem entre 2 a 5 salários mínimos (39% avaliam que piorou). Já entre as famílias mais pobres, que recebem até 2 salários mínimos, a perceberam é que houve melhora na economia (37% dos entrevistados). O índice aparece empatado tecnicamente com a porcentagem de pessoas que consideram que a economia está estagnada (35%).
Mas nas demais avaliações, o cenário visto pelas famílias é negativo: 63% dos entrevistados acham que o poder de compra dos brasileiros, hoje, é pior se comparado com período de um ano atrás.
Nesse mesmo recorte, 61% dos entrevistados acham que o valor das contas de água e luz subiu. O valor da gasolina também, para 44% dos entrevistados (a pesquisa foi feita antes do anúncio de reajuste da Petrobras). Sobre o preço dos alimentos, 70% dos entrevistados acham que a conta no supermercado ficou mais cara em relação ao último mês.
Apesar do cenário negativo, a esperança dos brasileiros é de que a economia ainda possa decolar no futuro. Quando perguntados sobre a expectativa para os próximos 12 meses, 52% disseram que esperam uma melhora no cenário econômico. Em relação a maio, a confiança na economia cresceu 5%, frente a uma variação negativa de 3% nas pessoas que esperam uma piora na economia brasileira.