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Haddad acredita que má percepção sobre indicadores econômicos está associada à desinformação

Ministro da Fazenda diz que oposicionistas atuam para minar a credibilidade do governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a má avaliação dos indicadores econômicos está diretamente associada a campanhas de desinformação em redes sociais. Durante sabatina no 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), ele voltou a reconhecer a existência de um desafio na comunicação do governo federal.

“Temos uma oposição que atua para minar a credibilidade das instituições, dos dados oficiais, do Estado brasileiro. Eles atuam diuturnamente nas redes sociais”, disse Haddad, nesta sexta-feira (12).

Pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta (10) indica um cenário de percepção de piora na economia brasileira. Apesar de ainda manter uma visão otimista com relação ao futuro do cenário econômico, muitos entrevistados relataram que já percebem a alta de preços e como o poder de compra foi afetado no último ano.

Ainda no cenário econômico, 66% dos entrevistados fazem coro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e concordam com as críticas à taxa de juros no Brasil, mantida pelo Banco Central. Na avaliação geral sobre o cenário econômico, 36% dos entrevistados consideram que houve piora no Brasil nos últimos 12 meses - queda de 2% em relação à última pesquisa, feita em maio, mas ainda há frente dos demais índices (32% estável e 28% de melhora).

A avaliação negativa da economia é maioria entre as famílias que recebem mais de 5 salários mínimos (44% apontam que piorou) e as que recebem entre 2 a 5 salários mínimos (39% avaliam que piorou). Já entre as famílias mais pobres, que recebem até 2 salários mínimos, a perceberam é que houve melhora na economia (37% dos entrevistados). O índice aparece empatado tecnicamente com a porcentagem de pessoas que consideram que a economia está estagnada (35%).

Mas nas demais avaliações, o cenário visto pelas famílias é negativo: 63% dos entrevistados acham que o poder de compra dos brasileiros, hoje, é pior se comparado com período de um ano atrás.

Nesse mesmo recorte, 61% dos entrevistados acham que o valor das contas de água e luz subiu. O valor da gasolina também, para 44% dos entrevistados (a pesquisa foi feita antes do anúncio de reajuste da Petrobras). Sobre o preço dos alimentos, 70% dos entrevistados acham que a conta no supermercado ficou mais cara em relação ao último mês.

Apesar do cenário negativo, a esperança dos brasileiros é de que a economia ainda possa decolar no futuro. Quando perguntados sobre a expectativa para os próximos 12 meses, 52% disseram que esperam uma melhora no cenário econômico. Em relação a maio, a confiança na economia cresceu 5%, frente a uma variação negativa de 3% nas pessoas que esperam uma piora na economia brasileira.

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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio