O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (NOVO), afirmou nesta quinta-feira (11) que o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, deve estar “com pouco serviço” em Brasília. A declaração é uma resposta às
Simões afirmou que Silveira deve se concentrar em outros problemas que tem para resolver na pasta. “Acho que o ministro deve estar com pouco serviço lá no ministério porque nós aqui estamos preocupados em construir soluções. Ficar batendo boca pela imprensa, uma bobagem. Eu respeito o ministro, é um sujeito que tem lá o papel dele, como ministro de Minas e Energia. Espero que ele resolva o problema de Mariana, que nós temos há nove anos, causado pelo governo do PT, que não soube negociar lá atrás, com a Vale. Se ele concentrar um pouquinho de energia para resolver os problemas de verdade, os outros que estão aqui a gente resolve”, disparou
O vice-governador ainda deu a entender que o tom usado por Alexandre Silveira foi desproporcional à relação atual entre o governo de Minas e o governo Lula. “Recebi o presidente Lula aqui com todo carinho, respeito e consideração. O presidente Lula, que é o chefe dele, me tratou com todo respeito. Ele também podia mostrar um pouquinho desse decorro na vida pública. A vida pública precisa de gente que está mais preocupada com as pessoas que votaram e menos preocupada com os votos que vão ser depositados na urna na próxima eleição. Se a gente tiver um pouquinho mais de espírito público, a chance de dar certo é grande”.
Negociação da dívida
Sobre o estágio atual das negociação da dívida mineira, Simões afirmou estar na torcida para que o processo ande na próxima semana. Após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), protocolar o projeto sobre o tema, governo de Minas e Assembleia Legislativa aguardam agora a
“Esperamos que o Senado tenha sensibilidade para o tamanho do problema que a dívida dos estados representa. Minas Gerais é um dos estados mais endividados do Brasil, mas não está sozinho. Em mesma situação, nós temos o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul, ainda com a situação mais dramática por conta do que aconteceu esse ano, o estado de Goiás e o maior devedor da União, que é o estado de São Paulo. Esses cinco estados reúnem quase 90% de toda a dívida pública brasileira e se a União não abandonar a postura de agiotagem, de banco que ela tem com os estados, isso sacrifica a população desses estados. E nós estamos falando de 60% da população brasileira”.
O governador afirma que, em último caso, o projeto do Regime de Recuperação Fiscal será votado na Assembleia. “Vamos lembrar, Minas Gerais estava pronta para votar o regime de recuperação fiscal em dezembro do ano passado. O presidente Lula foi a público dizer que não havia necessidade de votar e que uma solução seria dada. A solução ainda não chegou, está caminhando, eu entendo. Mas, enquanto isso, eu preciso de prazo, porque senão eu tenho de votar. A Assembleia, de forma muito responsável, pautou uma reunião extraordinária para segunda-feira, porque se o STF não der mais prazo, nós temos a obrigação legal de votar”, afirmou.