O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), acusou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de promover o monitoramento ilegal de opositores, por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com o objetivo de “rompimento democrático”.
Randolfe, que foi o vice-presidente da CPI da Pandemia, realizada pelo Senado Federal, em 2021, consta na lista de autoridades que teriam sido monitoradas ilegalmente pela Abin. O então presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), e o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL).
“Durante o período anterior se montou um aparato repressivo com a intenção clara de romper o Estado Democrático de Direito, e que, entre os gravíssimos crimes cometidos, estava a violação da intimidade privada de opositores do governo”, disparou Randolfe.
Segundo a Polícia Federal, o monitoramento ilegal da Abin ocorreu entre dezembro de 2018 e dezembro de 2021. “O aparelho do estado foi usado para monitorar cidadãos e para tentar intimidar a oposição do regime anterior. A continuação do regime anterior representaria a ruptura, definitiva, da democracia”, afirmou Randolfe. E completou: “A eleição do Presidente foi um movimento de salvação da Democracia Brasileira.”
Ainda conforme informações do relatório da Polícia Federal, o gabinete paralelo da Abin também monitorou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, Além do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A PF cumpriu nesta quinta-feira (11) cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.