A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu o mandato de um ano para a presidência do Banco Central (Bacen), reduzindo pela metade o tempo que é previsto atualmente para os mandatos. Em agenda no Senado Federal, Tebet afirmou que o futuro presidente do Bacen deve manter um diálogo institucional com o governo federal.
Na avaliação da ministra, o mandato de dois anos gera ruído e estresse. “Acho que um ano é mais do que suficiente, que é o tempo de se adequar e passar o bastão. Realmente, dois anos gera esse estresse, cria esse ruído. Que seja alguém que tenha um diálogo institucional”, afirmou Tebet.
O discurso acontece em meio aos ataques públicos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados ao presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, que ficará no comando da instituição até o fim deste ano.
Tebet afirmou que o Banco Central dispõe de mecanismos que podem frear a disparada do dólar, que fechou o dia, na segunda-feira (1), cotado a R$ 5,65, o maior valor desde janeiro de 2022. “A política monetária tem mecanismos que podem ser acionados, de acordo com a necessidade e entendimento técnico do Banco Central”, destacou.
A ministra enfatizou que o governo federal tem feito todos os esforços para cumprir a meta de déficit zero das contas públicas em 2024. “Nós estamos mostrando, claramente, ao mercado que eu e o ministro Haddad, estamos comprometidos com a responsabilidade fiscal. Nós temos uma meta zero, este ano, estamos focando no centro desta meta zero. Não podemos continuar gastando mais do que arrecadamos. Para isso, estamos tendo todo o cuidado com as políticas públicas executadas”, afirmou.