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PF vai investigar suspeitas de irregularidades em leilão de arroz importado

Um inquérito deve ser aberto ainda nesta quarta-feira (12)

Sede da Polícia Federal, em Brasília

A Polícia Federal (PF) vai abrir um inquérito para apurar suspeitas de irregularidades no leilão de arroz importado, ocorrido na semana passada. A compra foi anulada nesta terça-feira (11) pelo governo federal justamente por causa das denúncias envolvendo as empresas vencedoras do certame.

Foram quatro empresas que ganharam a disputa. Contudo, três delas não trabalham nos ramos relacionados ao leilão (importações e produção de arroz).

Um dos sócios da empresa que venceu um dos lotes do leilão é Robson Luiz de Almeida França, que atuou como assessor de Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.

Apesar de nenhuma irregularidade ter sido apontada, a preocupação está no fato de França ser sócio da Foco Corretora de Grãos – empresa responsável por arrematar 11 lotes do leilão para compra de arroz.

Um novo leilão para compra de arroz deverá acontecer nos próximos dias, mas com novas regras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer prioridade no novo leilão, que deverá ter orientação jurídica da Controladoria Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU).

Além disso, França também é sócio do filho de Geller em uma empresa responsável por intermediar negócios agrícolas. Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, Geller pediu a exoneração nesta terça e o pedido foi aceito.

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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.