A proposta apresentada pela Metrô BH, concessionária que administra o metrô da capital, para alterar um trecho do projeto da Linha 2, que vai ligar a região do Barreiro, poderá gerar um reequilíbrio do contrato, com a empresa ressarcindo o estado pelo custo mais barato da obra.
A explicação é do secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros de Souza, que
“A previsão de ter uma necessidade de alinhamento com a linha da MRS já existe desde a época do contrato. Tanto é que isso passou pelo escrutínio do Tribunal de Contas da União. O próprio contrato traz essa previsão de que seria necessário, no prazo de 180 dias, para que a concessionária apresentasse uma solução operacional para compatibilizar o uso do pátio Barreiro junto com a MRS logística. Recebemos uma manifestação por parte da concessionária, juntamente com a MRS, para que no quilômetro final da Linha Dois fosse adotada o modelo de linha simples e não a linha dupla”, explicou o secretário.
Segundo Pedro Bruno, a empresa Sistra, verificadora do contrato, indicou que a solução apresentada pela Metrô BH deve ter continuidade e que os projetos executivos que ainda estão sendo elaborados devem indicar a viabilidade da solução.
“Então, se essa solução vier a ser adotada, ela tem dois requisitos que terá que atender: o aspecto de dar conta de toda a demanda de passageiros prevista, sem nenhum prejuízo à qualidade do transporte, e o aspecto da segurança operacional. Então, com esse parecer da Sistra, nós autorizamos que a concessionária continue com a elaboração dos projetos executivos para confirmar que essa solução atende aos requisitos previstos no contrato”, explica Pedro Bruno.
Projeto mais barato
De acordo com o secretário, com a adoção da linha simples nas duas últimas estações da Linha 2, o projeto deve ficar mais barato, o que levaria à um reequilíbrio no contrato e em um ressarcimento ao estado.
“Nós temos dois cenários: confirmada que essa solução atende aos requisitos do contrato, por esse quilômetro em linha simples ser uma solução mais barata, isso ensejaria um reequilíbrio em favor do estado, ou seja, o estado vai ser ressarcido por um investimento menor que a concessionária vier a fazer. Em outro cenário, caso essa solução não atenda aos requisitos de operacionalidade e segurança, vai ser viabilizada então a linha dupla. Se esse for o caminho, teremos um custo maior da obra, com maior necessidade de desapropriações e um cronograma dilatado.