A ampliação da gratuidade nos ônibus de Belo Horizonte ainda é inviável financeiramente e dependeria de um aporte federal para se tornar realidade. A avaliação é do prefeito Álvaro Damião (União), que considerou um avanço implementar na capital mineira o
Em entrevista ao Jornal da Itatiaia, Damião faz um balanço de seu primeiro ano à frente da PBH e fala sobre os desafios e custos do transporte coletivo. Segundo o prefeito, a manutenção do subsídio garante o preço acessível da passagem.
“O subsídio tem que continuar, porque senão quem paga a conta é a população. Se a prefeitura não arcar com esse subsídio, alguém pagará. E nossa passagem passaria de R$ 10, chegaria próximo de R$ 11. Não tem como fazer transporte público sem esse subsídio. Mudaram-se os hábitos das pessoas nas grandes cidades. Hoje, os aplicativos vieram para mudar tudo. As pessoas querem comodidade, cada um faz o seu horário, com os ônibus não é assim. Isso mudou o transporte coletivo”, explicou o prefeito.
“O serviço (do transporte coletivo) melhorou. O que estamos cobrando das empresas em BH, e eu cobro com muito rigor, eu participo das ações. Temos a ação criada por Fuad, o ‘Tolerância Zero’, que fiscaliza a qualidade dos ônibus, fiscaliza as garagens, os pontos de ônibus, estamos cobrando muito das empresas o cumprimento dos horários”, continua Damião.
Perguntado sobre a possível ampliação da gratuidade nos ônibus, Damião avalia que liberar a passagem todos os dias teria um custo acima de R$ 2 bilhões, o que não é viável para os cofres da capital mineira.
“Não é possível ampliar o benefício para outros dias. Temos o programa ‘Catraca Livre’ nos domingos e feriados. Já o ‘Tarifa Zero’ queria ônibus grátis todos os dias, o que não é possível. Nós criamos o ‘Catraca Livre’ em parceria com a Câmara dos Vereadores, que devolveu R$ 70 milhões este ano. O ‘Tarifa Zero’ é outra coisa, conversamos com o governo federal, sem esse apoio não tem a possibilidade de colocar ônibus de graça em uma capital de estado todos os dias”, disse Damião.
Obras no Anel Rodoviário
O prefeito apontou melhorias no Anel Rodoviário, mas admitiu que as obras estruturantes exigirão recursos e tempo para sair do papel. Damião afirmou que as verbas para a
“O Anel Rodoviário já melhorou. As pessoas querem as obras estruturantes, querem o alargamento do viaduto do Betânia, da Antônio Carlos. Hoje, a pavimentação do Anel é outra, a capino do Anel é outra, a retirada de lixo está sendo feita pela prefeituras. E as obras estruturantes começam a partir do próximo ano. São obras caras e grandes. Fomos à China, conversamos com a ex-presidente Dilma (presidente de banco dos BRICS), conseguimos R$ 1 bilhão para poder fazer os viadutos do Anel Rodoviário. Tem um processo licitatório, não é um pix, leva um ou dois anos para fazer. Mas vamos iniciar essas obras”, afirmou Damião.