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Metrô de BH: secretário de Infraestrutura detalha negociações sobre obras na Linha 2

Pedro Bruno afirmou que projeto de ampliação do metrô de BH está dentro do prazo e que obras na linha que vai ligar a região do Barreiro podem começar antes de setembro

O secretário de Infraestrutura, Pedro Bruno, afirmou que obras de ampliação da Linha 2 devem começar até setembro

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros e Souza, afirmou que as negociações sobre o trecho final da Linha 2 do metrô de Belo Horizonte, que ligará as estações Ferrugem e Barreiro, não vão atrasar o início das obras e fazem parte de uma solução já prevista no contrato da concessão.

A Metrô BH, concessionária responsável pela gestão do metrô da capital mineira, apresentou à secretaria de Infraestrutura, juntamente com a empresa MRS Logística, um pedido para alterar o projeto do trecho final da Linha 2, que pode passar a ser de linha simples e não mais de linha dupla.

“Estamos falando da Linha 2, que tem 10,5 quilômetros de extensão. E essa previsão de ter uma necessidade de alinhamento com a linha da MRS já vem previsto desde a época do contrato. Tanto é que isso passou pelo escrutínio do Tribunal de Contas da União. O próprio contrato traz essa previsão de que seria necessário, no prazo de 180 dias, para que a concessionária apresentasse uma solução operacional para compatibilizar o uso do pátio barreiro junto com a MRS logística. Recebemos uma manifestação por parte da concessionária, juntamente com a MRS, para que o quilômetro final da linha dois fosse adotada a linha simples e não a linha dupla”, afirmou o secretário.

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“O contrato diz que, dada a complexidade dessa operação no pátio Barreiro, seria necessária uma solução operacional com uma compatibilidade entre a linha do metrô e a linha MRS. Seria feito um estudo pela concessionária e o prazo se esgotou, ela apresentou os estudos à Seinfra, que pediu um parecer do verificador, e nos manifestamos na continuidade na etapa de projeto executivo”, diz Pedro Bruno.

Início das obras

Ele ressaltou que a construção da Linha 2 está em fase avançada, com previsão para as obras começarem em setembro, mas com possibilidade de antecipar os inícios dos trabalhos.

“Estamos avançando, tivemos um marco importante na semana passada, com a aquisição de 24 novos trens do metrô, antecipando em dois anos essa aquisição. Estamos trabalhando para cumprir os requisitos do licenciamento ambiental para poder começar as obras da Linha 2 em setembro, se possível até mesmo antes. E em paralelo, essa discussão sobre o trecho final, que, com todo cuidado e cautela, vamos buscar essa aprovação”, explica o secretário de Infraestrutura.

“Cada dia estamos dando mais materialidade à construção da Linha 2 do metrô de BH. Essa é uma demanda importante para a população da capital mineira, uma obra aguardada há muito tempo”, diz.

Licenças ambientais e desapropriações

Pedro Bruno afirma que as obras na ampliação do metrô não sofreram atrasos, apesar de o início das obras ter sido anunciado para a segunda quinzena de maio e depois reagendado para o segundo semestre.

“Estamos adiantados em relação aos prazos e, por determinação do governador, estamos trabalhando para adiantar o máximo possível. O ex-presidente da Metrô BH, Guilherme Martins, quando falou de maio, trouxe mais um anseio do que um cronograma pactuado. Tanto é que, em 13 de março, a concessionária protocolou os documentos necessários para o licenciamento e, desde então, há uma mobilização na pasta do Meio Ambiente para acelerar essa análise. Espero iniciar a obra em setembro, mas espero poder antecipar. A concessionária precisa complementar as informações e, se estiver tudo ok, já se iniciam as obras. As desapropriações estão vinculadas ao rito do licenciamento ambiental. Com as licenças aprovadas, a concessionária avança com as desapropriações e com as obras”, afirma o secretário.

“Os recursos para a desapropriação estão previstos no contrato. A cada cumprimento dos marcos do projeto, esses recursos são liberados para a concessionária. Esse dinheiro está reservado para o metrô e a liberação segue um rito: o cumprimento dos marcos, a verificação por um verificador independente e a confirmação por parte da Secretaria de Infraestrutura”, finalizou Pedro Bruno.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.