Gilmar diz ter ‘absoluta confiança’ em Moraes após polêmica do Master

O STF entrou no centro das discussões após a revelação de relações pessoais entre os ministros da Corte e pessoas ligadas ao caso

Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu na segunda-feira (22) os colegas Alexandre de Moraes e Dias Toffoli diante das críticas envolvendo o escândalo do Banco Master.

Gilmar disse ter “absoluta confiança” em Moraes, segundo a CNN Brasil, e afirmou não acreditar que Toffoli e um dos advogados do caso tenham tratado de qualquer assunto além de futebol durante uma viagem que fizeram juntos ao Peru.

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Para o decano da Corte, a prisão do empresário Daniel Vorcaro e o impedimento da compra do Banco Master pelo BRB mostram que “as instituições estão funcionando”.

O STF entrou no centro das discussões após a revelação de relações pessoais entre os ministros da Corte e pessoas ligadas ao caso que será julgado pelo tribunal.

O episódio que envolve Moraes diz respeito ao contrato do escritório de advocacia de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, com o Banco Master no valor de R$ 129 milhões.

Já contra Toffoli, que é relator do inquérito que investiga Vorcaro, pesa uma viagem em um jatinho particular feita com um dos advogados do empresário para Lima, no Peru, onde assistiram à final da Copa Libertadores da América.

Os casos motivaram críticas no Congresso Nacional, onde parlamentares pedem investigações sobre os casos. O episódio também reacendeu a discussão sobre a criação de um código de conduta para os ministros do STF. Esta proposta é defendida pelo presidente da Corte, Edson Fachin, mas ainda não tem consenso dos ministros.

Questionado sobre as críticas, Gilmar afirmou que encontros entre juízes e advogados são comuns e ocorrem em diferentes ambientes, inclusive nos próprios gabinetes dos ministros. Segundo ele, não há nada que Toffoli e o advogado possam ter discutido na viagem que não falariam também em um encontro agendado na Suprema Corte.

Moraes se defende

O ministro se manifestou nesta terça-feira (23) sobre as informações de que ele teria pedido reuniões com o Banco Central para atuar a favor do Banco Master. Segundo o magistrado, as reuniões com lideranças do setor bancário aconteceram em virtude de ter sido sancionado com a Lei Magnitsky pelos Estados Unidos, o que afetou a viabilidade das transações financeiras dele.

Com informações da CNN Brasil*

Conteúdos produzidos pela redação de Brasília da Rádio Itatiaia

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