A revelação de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teria atuado informalmente junto ao Banco Central (BC) para
A iniciativa ocorre após revelações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Segundo a reportagem, Moraes teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao menos quatro vezes para pressionar em favor do Banco Master.
A intervenção de Moraes teria sido em favor da compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), que foi negada pelo BC em setembro. O escritório de advocacia da mulher de Moraes, Viviane Barci, mantém um contrato de prestação de serviços com o Banco Master, com pagamento mensal de R$ 3,6 milhões. Segundo O Globo, o contrato tem vigência de três anos e poderia render cerca de R$ 130 milhões à advogada.
O contato de Moraes com Galípolo teria ocorrido em um momento em que o Banco Central já havia identificado indícios de irregularidades graves na instituição, o que levou o BC a negar a compra do master pelo BRB.
As fraudes, reveladas pela Polícia Federal, identificaram o repasse de aproximadamente R$ 12,2 bilhões em créditos do Banco Master para o BRB, envolvendo títulos considerados inexistentes ou sem lastro. As suspeitas levaram a
Impeachment e CPI
Diante do chamado “fato novo”, deputados e senadores articulam duas frentes: um pedido de impeachment no Senado e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso.
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou nas redes sociais que a oposição pretende usar o período de recesso parlamentar para reunir o maior número possível de assinaturas para protocolar um pedido de impeachment.
Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) afirmou que vai iniciar, após o recesso legislativo, a coleta de assinaturas para investigar a relação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com o Banco Master.
Em publicação nas redes sociais, Alessandro Vieira afirmou que pretende apurar “notícias sobre um contrato entre o Banco Master e o escritório da família do ministro Moraes, fora do padrão da advocacia”, além das informações sobre atuação direta do ministro junto ao BImpeachment e CPI: oposição quer investigar relação de Moraes com Banco Master
anco Central.
Após a prisão de Vorcaro, vieram a público informações sobre suas relações com autoridades e políticos em Brasília.
Procurados, Alexandre de Moraes e o Banco Central não comentaram as informações divulgadas.