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‘Gostaria de dar 20%, 30%', diz Zema ao defender reajuste de 3,62% a servidores

Projeto de lei de autoria do governador de Minas Gerais foi aprovado em primeira comissão nesta terça-feira (21)

Zema voltou a defender reajuste de 3,62% aos servidores públicos de Minas Gerais

No dia em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei que concede reajuste de 3,62% aos servidores estaduais, o governador Romeu Zema (Novo) voltou a defender o aumento proposto e que tem provocado críticas do funcionalismo público.

Em Brasília, onde participou da Marcha dos Prefeitos, Zema contemporizou a proposta apresentada aos servidores civis e militares e disse que não seria “irresponsável” de propor um reajuste que não poderia cumprir.

“Eu gostaria de dar um reajuste de 20%, de 30%, sei que tanto o pessoal da segurança, da educação e de outras áreas trabalham duro e merecem. Mas não serei irresponsável, como já tivemos casos no passado, de se dar o reajuste e depois não ter o recurso para levar adiante as políticas públicas. Você ficar sem medicamento, pessoas falecerem?”, disse Zema.

Uma das críticas de servidores das forças de segurança do Estado de Minas Gerais diz respeito a um acordo feito pelo próprio governador, em 2020. Em março daquele ano, quando a Assembleia Legislativa aprovou uma proposta de reajuste de 41%, de forma escalonada, à categoria, o próprio Zema vetou o texto parcialmente, autorizando apenas um aumento de 13%.

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Ainda sobre a proposta relacionada ao reajuste em 2024, Zema disse que fará o que “estiver dentro do alcance”. “Lamento não fazer mais”, afirmou à Itatiaia.

Após a aprovação do projeto do reajuste na CCJ, policiais penais disseram que vão adotar regime de “estrita legalidade” como forma de pressionar por um índice maior no reajuste dos salários. A medida inclui a interrupção de alguns serviços.

“Com poucos policiais penais, não tem como tirar todos os presos para o banho de sol. Vamos fragmentar essa situação para manter a ordem e a paz”, apontou o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG), Jean Otoni.

Zema, por sua vez, disse encarar a manifestação como “direito legítimo”, desde que não prejudique a população

“Encaro toda manifestação como um direito legítimo em uma democracia, só faço ressalva quando a manifestação começa a prejudicar o direito de ir e vir. Mas umamanifestação em democracia é um direito legítimo e toda categoria pode fazer uso”, afirmou.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio
Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.