O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (17) que a troca de comando na Petrobras é algo natural, e comparou a atuação do presidente da estatal ao trabalho de um ministro de Estado. Em conversa com jornalistas, na saída do Ministério da Fazenda, Haddad ressaltou que a petroleira é estratégica para o país. “O presidente da Petrobras, em regra geral, é quase um ministro, é uma pessoa que tem que ter uma relação muito próxima com o presidente da República. É a maior companhia do país e é estratégica por várias razões. Então, é natural que possa haver uma troca a depender do julgamento do chefe do Executivo”, avaliou o ministro.
O ministro da Fazenda revelou que já tinha conhecimento da intenção do presidente Lula de realizar a troca no comando da Petrobras. “Eu sabia da intenção da troca no comando da Petrobras desde que os rumores noticiados se revelaram. Eu, próprio, não participei. Uma coisa é você opinar, falar o que você pensa, outra coisa é a escolha do nome. Aí é uma escolha do presidente da República”, afirmou Haddad.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir o ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates, na terça-feira (14). A saída dele do comando da estatal foi chancelada em reunião do conselho de administração da estatal, realizada na quarta-feira (15). Lula indicou Magda Chambriard para comandar a Petrobras. O governo trabalha com a possibilidade de efetivar o nome dela no cargo até o fim deste mês.