Em coletiva de imprensa realizada neste domingo (18), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, deu detalhes sobre os trabalhos para a recaptura dos presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró. O episódio, revelado na quarta-feira de cinzas (14), marca a primeira fuga em um presídio de segurança máxima na história. Neste momento, cerca de 500 agentes de segurança atuam na missão de encontrar a dupla foragida.
Segundo o ministro, que está em Mossoró para acompanhar os trabalhos de investigação, ainda não é possível estipular um prazo para que os detentos, identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento. Ambos estão ligados à facção criminosa Comando Vermelho, e são considerados de alta periculosidade.
“Acabo de ser informado agora, que há cerca de 250 policiais das diferentes forças em cada um dos turnos. Portanto, temos quase 500 policiais trabalhando na recaptura desses dois fugitivos. Nós estamos envidando todos os esforços, identificando as fragilidades não apenas aqui no presídio de Mossoró, mas já foi iniciado uma varredura, uma identificação de possíveis fragilidades que, penso eu, inexistem nos demais presídios, mas as eventuais falhas já estão sendo corrigidas” disse o ministro.
Os trabalhos de recaptura são conduzidos pela Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, além das autoridades locais. Durante a coletiva, Lewandowski também ressaltou a
Criminosos podem estar perto do local da fuga
Ainda segundo o ministro Lewandowski, o trabalho de inteligência do Ministério da Justiça acredita que os criminosos que fugiram do presídio de segurança máxima ainda estejam nas proximidades do local. O trabalho das equipes de busca acontece dentro de um raio de 15km no entorno do presídio.
“Acreditamos que eles ainda se encontram nesse raio, nesse período que inicialmente definimos, ou seja, há poucos quilômetros do local da fuga, da penitenciaria”, disse.
Sobre as fragilidades do sistema de segurança do presídio que pemitiram a fuga dos dois integrantes do Comando Vermelho, o ministro ressaltou que o caso é isolado e que as melhorias no sistema de segurança máxima já começaram a ser implementadas.
“As possíveis falhas já estão corrigidas de forma que o presídio de Mossoró voltou a ser um presídio absolutamente seguro e apto a custodiar os detentos que lá e encontram. (…) Estamos iniciando a construção de muralhas, a próxima será feita aqui em Mossoró. As demais medidas que anunciamos, como sensores de presença, reconhecimento facial, iluminação, videocâmaras, o incremento da inteligência e a contatação de mais policias penais federais, estão sendo providenciadas”, prometeu.
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