O deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) acredita que o governo federal pode rever a suspensão da isenção fiscal concedida a líderes religiosos, como os pastores. Para o parlamentar, que integra a bancada evangélica do Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia ter dificuldades para aprovar pautas importantes caso não reverta a decisão.
“São mais de 200 (deputados) evangélicos e católicos. A bancada conservadora chega a quase 380 dos 513 (deputados). Acredito que toda a bancada conservadora irá se mobilizar contra o governo. Não acredito que o governo queira comprar uma briga desse tamanho”, disse Crivella, à Itatiaia. “Acho que o governo vai respeitar as decisões do Congresso, que são majoritariamente conservadoras”, projetou.
A isenção fiscal concedida aos pastores estava relacionada aos salários pagos a eles pelas igrejas. A revogação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 17.
Na próxima semana, a bancada evangélica deve ter
“Haddad, na reunião que tive com ele, foi muito solícito e solidário com a nossa posição. Estamos dependendo do relator (do caso) no Ministério Público de Contas para superarmos esse problema e seguirmos em frente”, pontuou.
Na semana passada, o ministro da Fazenda afirmou, ao “Roda Viva”, da TV Cultura, que o governo
“O Tribunal de Contas abriu um procedimento investigatório. É dever do controle externo fazê-lo. Apurar o que aconteceu naquele episódio, no meio da eleição. O que fez o atual secretário da Receita Federal (Robson Barreirinhas)? Ele convalidou (tornou válido) os atos? Não, porque está sob investigação e o Ministério Público junto ao TCU colocou uma série de vícios possíveis. Então não cabia convalidar”, projetou Haddad.
Relação da bancada evangélica com Lula
Ainda durante a entrevista, Crivella explicou a estratégia adotada pela bancada evangélica ante o governo Lula. Segundo ele, o grupo observa, dia a dia, as ações do Palácio do Planalto para, então, tomar posição.
“Se o governo, através de medidas provisórias, decretos ou qualquer outro tipo de ação legislativa, tocar, por exemplo, no direito à vida, na família, na liberdade religiosa e na livre iniciativa, essas coisas todas terão uma reação muito forte no Congresso. Mas não vejo no governo esse interesse”, exemplificou.
Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular.