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Ramagem descarta envolvimento em espionagem e diz que pediu investigação sobre uso software israelense

Deputado federal e ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem foi alvo da operação ‘Vigilância Máxima’ que apura espionagem ilegal de adversários de Bolsonaro durante sua gestão à frente da Agência

Alexandre Ramagem foi alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (25)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou, nesta quinta-feira (25), que acionou a Corregedoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), quando era chefe do órgão, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), para sanar uma “bagunça” no uso do software israelense FirstMile.

Ramagem foi alvo, durante a manhã, de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF). Agentes estiveram em endereços ligados ao parlamentar em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ).

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A investigação que culminou na operação “Vigilância Máxima” gira em torno da utilização do software israelense First Mile para monitoramento de diversas pessoas. Como mostrou a Itatiaia, o equipamento, comprado pela Abin em 2018 permite rastrear o paradeiro de qualquer pessoa, bem como o histórico de deslocamentos e criar alertas em tempo real sobre a movimentação de um alvo.

A PF apura a existência de uma organização criminosa dentro da Agência com o objetivo de espionar adversários políticos do ex-presidente Bolsonaro durante seu mandato à frente da Presidência da República.

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Em entrevista à Globo News na tarde desta quinta-feira (25), Alexandre Ramagem disse que procurou investigar como o uso do software estava sendo feito dentro da Abin.

“Essa ferramenta é legal dentro da Abin e foi vendida a diversas instituições no Brasil, inclusive estaduais. Eu estava acreditando que estava uma bagunça no que estava sendo feito. Não tínhamos acesso àquilo lá e nunca pedimos”, disse o deputado sobre o uso da plataforma.

Ramagem disse, ainda que os setores da Abin são independentes para realizarem trabalhos de inteligência e que a “bagunça” na utilização do FirstMile levou a uma investigação interna.

“A Abin é enorme e os departamentos são independentes para fazerem seus trabalhos de inteligência. A gente queria organizar como a ferramenta era utilizada e fizemos uma auditoria especifica para isso. Quando fomos ouvir o diretor responsável e me negaram a informar como estava trabalhando a ferramenta, eu exonerei o diretor e encaminhei para a Corregedoria”, resumiu.

Ramagem criticou a operação conduzida pela Polícia Federal, alegando que não teve acesso ao inquérito e que estava disposto a prestar depoimento hoje, mas não houve convocação para que ele pudesse falar.

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