A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação de busca e apreensão contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), mostrou detalhes da apuração feita pela Polícia Federal sobre um suposto esquema criminoso para monitorar ilegalmente autoridades públicas por meio de ferramentas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin.
Na manhã desta quinta-feira (25), os policiais federais cumpriram 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).
O documento cita supostas ações de Ramagem para beneficiar filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): Renan Bolsonaro e Flávio Bolsonaro.
“investigadores da PF afirmam que os policiais federais destacados, sob a direção de ALEXANDRE RAMAGEM, utilizaram das ferramentas e serviços da ABIN para serviços e contra inteligência ilícitos e para interferir em diversas investigações da Polícia Federal, como por exemplo, para tentar fazer prova a favor de RENAN BOLSONARO, filho do então Presidente JAIR BOLSONARO (fls. 120-127 do Apenso 1).
Veja alguns pontos do despacho de Moraes:
Despacho do ministro Alexandre de Moraes
Os investigadores afirmam que o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin, foi um dos líderes do esquema que estaria usando irregularmente o sistema de espionagem da agência.
Despacho de Alexandre de Moraes sobre deputado federal Ramagem
Despacho do ministro Alexandre de Moraes sobre deputado Ramagem
Os investigadores afirmam que os agentes federais alvo da operação usaram de forma irregular o aparelho de espionagem da Abin.
Despacho do ministro Alexandre de Moraes
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