A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, engrossou o coro do primeiro escalão do governo federal a favor da regulamentação das redes sociais. Em uma publicação no X (antigo Twitter), a ministra relembrou o caso da
Para a ministra Cida Gonçalves, a morte é uma tragédia “fruto da irresponsabilidade de perfis nas redes sociais que lucram com a misoginia e a disseminação de mentiras”. Ela também atribui a tragédia à “falta de responsabilização das plataformas”.
"É inadmissível que o conteúdo mentiroso contra Jéssica, que fez crescer uma campanha de difamação contra a jovem, não tenha sido retirado do ar nem pelo dono da página nem pela plataforma X ao longo de quase uma semana, mesmo depois dos apelos da própria Jéssica e de sua mãe”, afirmou na mesma rede social.
Cida também relembrou o ataque hacker contra a conta da primeira-dama Janja, na última semana.
“O governo do presidente Lula tem dado prioridade ao combate às fake news e à misoginia. É preciso que haja justiça urgente para a trágica morte de Jéssica e que possamos construir também em curto prazo um ambiente saudável e de respeito para as mulheres na internet”, completou.
Quem também se manifestou sobre o caso foi o ministro dos Direitos Humanos,
“A regulação das redes sociais torna-se um imperativo civilizatório”, escreveu Almeida em suas redes sociais. “Tragédias como esta envolvem questões de saúde mental, sem dúvida, mas também, e talvez em maior proporção, questões de natureza política”, continuou o ministro dos Direitos Humanos.
Caso Jéssica
A estudante mineira Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, teve o nome citado em prints de conversas falsas com o humorista Whindersson Nunes, divulgadas por perfis de fofoca em redes sociais - entre elas a página Choquei, com mais de 20 milhões de seguidores, - que informaram que os dois teriam um relacionamento.
Antes de tirar sua própria vida, Jéssica publicou um texto afirmando que estava sofrendo ataques pela internet. A família dela informou que ela já sofria de depressão.