A morte da jovem Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos,
Dentre os integrantes do governo federal, o ministros dos Direitos Humanos, Silvio Almeida se manifestou, relembrando que esse é o segundo caso de suicídio de uma pessoa jovem neste mês “e que guarda relação com a propagação de mentiras e de ódio em redes sociais”.
Almeida criticou o que chamou de “irresponsabilidade de empresas que gerem as redes sociais” e retomou o debate sobre regulamentação das plataformas.
“Por isso, volto ao ponto: a regulação das redes sociais torna-se um imperativo civilizatório, sem o qual não há falar-se em democracia ou mesmo em dignidade. O resto é aposta no caos, na morte e na monetização do sofrimento”, afirmou em uma publicação compartilhada no X (antigo Twiter).
“Nós vamos esperar mais quantas mortes para regulamentar as redes sociais e começar a responsabilização de usuários e das bigtechs?”, questionou o deputado federal André Janones (Avante-MG).
O parlamentar foi criticado por usuários da rede social, que resgataram um comentário feito por ele sobre a página Choquei em novembro do ano passado.
O líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu, defendeu a retomada da tramitação do Projeto de Lei 2630, conhecido como
“Precisamos avançar em 2024 na tramitação do PL 2630 - Fake News, isso deve ser prioridade já no início do ano para o parlamento”, disse.
Veja mais:
O caso de Jéssica é mais uma tragédia provocada pelas Fake News e seus propagadores. Precisamos avançar em 2024 na tramitação do PL 2630 - Fake News, isso deve ser prioridade já no início do ano para o parlamento. Toda solidariedade à família! pic.twitter.com/Hdx5UkS1kn
— Zeca Dirceu (@zeca_dirceu) December 23, 2023
Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) gravou um vídeo sobre o assunto e, além de lamentar a morte da jovem, vinculou figuras ligadas à esquerda e ao governo federal, como a primeira-dama, Janja, e o próprio Janones, ao perfil. O bolsonarista disse, ainda, que iria acionar o Ministério Público Federal (MPF) para investigar o caso e pediu punição ao dono da página, Raphael Sousa.
Com o Ministério Público apurando, eu tenho certeza que o Whindersson e outras testemunhas virão à tona para colocar na cadeia quem tenha que ser colocado na cadeia. Inclusive, o MP pode adotar uma linha de investigação baseada no artigo 122 do Código Penal”, defendeu.
O artigo prevê pena de reclusão de dois a seis anos nos casos em que houver indução ou instigação para alguém cometer suicídio.
Nikolas criticou, no entanto, a defesa pela regulamentação das redes sociais.
“Não é regulamentação das redes. O que aconteceu não é mera fake news, foi difamação e isso tem tipificação no Código Penal”, concluiu.