Em apenas 14 dias, o Pantanal já bateu recorde de queimadas para novembro. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais de 2,6 mil focos de incêndio foram registrados no período. É o pior resultado para o mês desde 1998, quando as medições foram iniciadas.
A disparada acontece em um momento em que o bioma estava em recuperação dos incêndios de 2020, quando mais de 22,1 mil focos foram registrados.
De novembro de 2021 a setembro deste ano, os registros mensais de queimadas na região estavam dentro ou abaixo da média histórica. As queimadas, contudo, voltaram a crescer em outubro, quando foram mais de 1,1 mil focos monitorados.
No acumulado, 2023 teve 4.593 focos listados. Ou seja, 83% dos incêndios no Pantanal no ano aconteceram nos últimos dois meses.
Os incêndios se concentram, principalmente, nas áreas do Parque Estadual Encontro das Águas e do Parque Nacional do Pantanal (parte norte do bioma).
Os governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul decretaram situação de emergência em razão dos incêndios. Com isso, o governo federal deve ser acionado para ajudar no combate às queimadas.
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, está em Cuiabá desde terça-feira (14) para coordenar as ações. Um plano de trabalho deve ser definido em conjunto com os órgãos estaduais.