O secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu nesta sexta-feira (13) a libertação de reféns na Faixa de Gaza, região dominada pelo Hamas, e que vem sendo alvo de ataques de Israel. Em discurso feito na abertura da reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, Guterres pediu ajuda humanitária em Gaza para que a população receba alimentos, água e combustível. Ele ressaltou que os hospitais da região estão superlotados, devido aos ataques, e cobrou que o Hamas liberte os reféns. “A lei humanitária deve ser respeitada. Os civis devem ser respeitados, e não devem jamais ser usados como escudos. Todos os reféns em Gaza devem ser liberados imediatamente”, clamou Guterres.
O secretário-geral da ONU defendeu um desfecho diplomático para acabar com o conflito bélico entre Israel e o Hamas. António Guterres ressaltou que pelo menos 1.200 mortes já foram contabilizadas e que a Faixa de Gaza sofre com crise hídrica e a falta de eletricidade. “Precisamos defender os civis e encontrar uma solução para acabar com esse ciclo de morte”, enfatizou Guterres.
O Conselho de Segurança da ONU vai se reunir, em instantes, para discutir a guerra entre Israel e o Hamas. A reunião, que será comandada pelo chanceler brasilleiro Mauro Vieira, vai tratar da situação humanitária na Faixa de Gaza, ameaças à segurança e à paz mundial, além dos desdobramentos do conflito no Oriente Médio.
Mais cedo, Mauro Vieira conversou por telefone com o chanceler da Arábia Saudita, que demonstrou preocupação com a escalada do conflito bélico, que está no sétimo dia. O chanceler brasileiro também conversou com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, sobre a saída dos brasileiros que estão em Gaza. Pelo menos 22 brasileiros estão em uma escola, aguardando autorização para deixar a região e cruzar a fronteira com o Egito. O governo federal enviou um avião para repatriar os brasileiros que estão do lado palestino do confronto. A aeronave presidencial está em Roma, na Itália, aguardando autorização para entrar no Egito e repatriar os brasileiros.