Os deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS)
“Trouxemos ao STF a denúncia-crime feita à Polícia Federal e que se relaciona aos embates na CPMI, principalmente o último com o deputado Nikolas, que foi o grande indutor de um vídeo manipulado que estimulou as invasões às minhas redes com ameaças de morte e agressão física”, declarou Feghali na saída do STF. “Pedimos a apuração à PF e aqui. O ministro Alexandre de Moraes disse que entraria imediatamente em contato com o diretor-geral da Polícia Federal para verificar se já foi nomeado um relator para o desdobramento ser o mais ágil possível”, acrescentou.
Bate-boca com Nikolas Ferreira
O deputado federal Nikolas Ferreira acionou o Conselho de Ética da Câmara contra a colega parlamentar Jandira Feghali no último 21 de setembro acusando-a de ter ameaçado agredi-lo durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. “Moleque! Fala o que você quer falar que você vai ver o que você vai tomar pela cara”, teria dito Feghali durante bate-boca entre os parlamentares no Senado. A briga levou à suspensão da sessão por cinco minutos por decisão do presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA).
Nas redes sociais, Nikolas afirmou que recorreu ao Conselho de Ética por quebra de decoro de Jandira Feghali. “Imaginem se sou eu falando essa frase para qualquer deputado na Câmara? Provavelmente eu estaria cassado. Hoje fui ameaçado com essa frase”, escreveu. “Diante da ameaça, o Partido Liberal protocolará uma representação contra a deputada por quebra de decoro. Aguardo o recebimento da representação, e que a Comissão de Ética tome as medidas cabíveis contra este ato violento cometido pela deputada”, acrescentou.
Cinco dias depois, Jandira Feghali protocolou uma denúncia na Polícia Federal (PF) após sofrer ameaças de morte e ataques racistas. “Quero apenas registrar que entrei com denúncia-crime na Polícia Federal, porque de quinta-feira para cá, em função de divulgações distorcidas, editadas e parciais dos embates que aqui ocorrem, tenho sofrido ameaças de morte, ameaças à minha integridade”, declarou. “Uma delas [ameaças], inclusive, me mandam contar as horas que tenho para viver. Outra manda que eu alise meu cabelo”, disse.