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Haddad prevê crescimento do PIB acima de 3% até dezembro e pressiona por agenda econômica

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), celebrou alta de 0,9% no PIB e prevê crescimento acima de 3% até dezembro

Ministro Fernando Haddad (PT) celebrou o resultado do PIB nesta sexta-feira

O ministro Fernando Haddad (PT) celebrou a elevação de 0,9% registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB) neste segundo semestre e calculou que o crescimento anual pode chegar à marca de 3% até dezembro. “A previsão é que o PIB atinja até 3%. É uma expectativa muito melhor que a que tínhamos em janeiro, quando as nossas projeções indicavam crescimento superior a 2%", afirmou à imprensa no escritório do Ministério da Fazenda, em São Paulo, nesta sexta-feira (1º). “As projeções médias do mercado indicavam no início do ano um crescimento inferior a 1%. Ou seja, nós estamos com um crescimento três vezes maior que o sugerido no início do ano. Tudo dá forças à agenda econômica e ao conjunto de medidas que segue no Congresso Nacional”, afirmou.

O conjunto de propostas econômicas citado por Haddad conta com o arcabouço fiscal, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nessa quinta-feira (31), e com a aprovação do retorno do voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) na última quarta-feira (30) no Senado Federal. Para os próximos quatro meses, o Ministério da Fazenda e o Ministério do Planejamento e Orçamento esperam pela aprovação da reforma tributária, que será levada à votação no plenário do Senado em outubro, da Medida Provisória (MP) que criou o Desenrola Brasil, da MP para tributação dos fundos dos super-ricos e do Projeto de Lei (PL) que poderá taxar os fundos offshore.

“Estamos à disposição das lideranças da Câmara e do Senado. Temos muito trabalho pela frente para consolidar o marco fiscal e melhorar as projeções para o ano que vem”, declarou Haddad. “Tenho segurança de que, se aprovarmos o conjunto de medidas que foi para a Câmara dos Deputados, continuaremos a colher os frutos da percepção da melhoria da economia brasileira”, disse.

O ministro também afirmou que o crescimento econômico do país está intrinsecamente ligado ao equilíbrio fiscal. “O presidente Lula tem dito e recomendado que o Brasil cresça acima da média mundial. É o que permitirá que as tensões se dissipem e as demandas sejam atendidas, sempre seguindo os pressupostos de sustentabilidade fiscal, social e ambiental”, concluiu.

Crescimento do PIB. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou nesta sexta-feira (1º) o crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo semestre em comparação à taxa do primeiro semestre.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.