O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (3), durante entrevista para rádios da Amazônia, que a decisão do Ibama contra um pedido da Petrobras para explorar a foz do rio Amazonas, no Amapá, não é definitiva e pode ser revista.
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“Tínhamos a Petrobras com uma plataforma preparada para fazer pesquisas na região. Houve um estudo do Ibama que disse que não era possível, mas esse estudo não é definitivo. Eles apontam falhas técnicas que a Petrobras tem o direito de corrigir. É uma decisão importante, que o estado tem que tomar, mas não podemos deixar de pesquisar”, afirmou Lula.
Em maio, o órgão ambiental negou o licenciamento para que a Petrobras realizasse a perfuração do poço exploratório na foz do Amazonas, em águas profundas do Amapá, para fins de estudos de viabilidade.
A decisão gerou insatisfação em parte do governo Lula e rendeu também várias críticas à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), que defendeu a análise feita pelo Ibama.
Na avaliação de Lula, as pesquisas na região são importantes para que a Petrobras saiba sobre a existência de combustíveis fósseis na região.
“Primeiro nós temos que pesquisar, temos que saber se tem o que a gente acha que tem, e se achar vamos tomar uma decisão sobre o que vamos fazer, sobre como explorar, como evitar que um desastre possa prejudicar a nossa margem do oceano atlântico. O Ibama não foi definitivo. Nós estamos vendo o Suriname e a Guiana explorando petróleo, então nessa margem deve ter petróleo. Nós vamos pesquisar. Se a pesquisa constatar que tem o que nós achamos que tem, aí vamos fazer a discussão sobre como explorar”, afirmou o presidente.