A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), participou nesta quarta-feira (24) de uma audiência pública na comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, na Câmara dos Deputados, e defendeu que a legislação ambiental precisa ser cumprida no Brasil.
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Desde a semana passada, quando o Ibama rejeitou um pedido de licenciamento ambiental para exploração de petróleo na foz do Amazonas feito pela Petrobras, o órgão e a ministra Marina Silva vem sendo alvo de críticas de outros integrantes do governo Lula.
“Nós tínhamos ali algo como 22 lotes, que foram disponibilizados, com a negativa deste poço, ficamos com 21. Desses 21, três incidem sobre a bacia potiguar, que já é uma área consolidada com refinaria e exploração de petróleo. Obviamente não temos como retroagir do passado, porque a realidade já aconteceu, a autorização foi em 2012”, explicou Marina.
“Poder-se-ia muito bem ter feito o estudo da área de abrangência, mas não foi isso que foi feito. E a lei é para ser cumprida. Infelizmente os combustíveis fósseis ainda continuarão fazendo parte da matriz energética do mundo por algum tempo, porque muitas regiões não têm como fazer a transição da noite para o dia”, continuou a ministra, explicando o motivo da rejeição.
Marina Silva afirmou que o mundo já caminha para uma transição energética e que os países buscam soluções para substituir as fontes não renováveis.
“Nós, com carvão, petróleo, gás, conseguimos avanços enormes, chegamos onde chegamos, só que o uso dessa fonte de energia está levando a destruição do planeta e das condições que promovem a vida. O mundo está tendo que transitar para novas fontes”, disse a ministra.