O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a criticar a
Em entrevista ao portal O Antagonista, divulgado nesta segunda-feira (31), Zema disse que o acordo só precisa ser sacramentado pela União, e aproveitou para alfinetar o governo federal.
“Só depende do governo federal para ser sacramentado. Minas, Espírito Santo e a União são os autores desse acordo contra a Samarco, empresa que provocou a tragédia de Mariana. Mas só está dependendo da União”, disse o governador.
Questionado se há alguma demora para a conclusão do acordo de Mariana, Zema aproveitou para alfinetar o governo federal.
“Me parece que há questões de divergências internas lá. Parece que tem gente que não quer que Minas e o Espírito Santo recebam aquilo que custou vidas e destruição ambiental e que as pessoas sejam compensadas”, disse, ao citar a situação de pescadores e cidades do Vale do Rio Doce que foram afetadas com o rejeito de minério que atingiu a bacia.
“Até hoje não receberam nada. Quem está contra esse acordo está contra o social dessas pessoas que foram afetadas e esse é um governo que se diz social. Então, fica o questionamento de porque não levam adiante esse acordo que vai beneficiar mineiros e capixabas que foram afetados em 2015", completou.
Acordo de Mariana: governo discute assunto até o fim do ano
Em junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva, criou um Grupo de Trabalho (GT) para analisar o acordo de repactuação, discutido nos últimos anos e que teve mediação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A portaria que criou o colegiado foi publicada no dia 12 de junho e tem prazo de validade de 180 dias, ou seja, deve ser finalizado em dezembro. O texto ainda prevê que os trabalhos possam ser estendidos por mais seis meses após esse prazo.
Representantes do ministério, Serviço Florestal Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) compõe o GT.
Ainda em junho, em entrevista,
“Já participamos de mais de 300 reuniões e estamos otimistas que até setembro esse acordo seja costurado. Hoje, ele só depende do governo federal. Minas e Espírito Santo já estão totalmente acordados em suas partes, temos enfrentado lentidão em Brasília. Espero que o governo federal seja sensível às cidades afetadas”, afirmou o governador na ocasião.