O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta sexta-feira (2) que o
“Nesse momento ele só depende da União. Eu até faço um apelo para que seja agilizado, porque uma Justiça que tarda não é uma justiça que é justiça”, afirmou Zema em uma entrevista coletiva ao lado de governadores das regiões Sul e Sudeste.
“Daqui a pouco se passaram 20, 30 anos e as pessoas que foram afetadas e que deveriam ser ressarcidas já se foram. As crianças que poderiam estar sendo educadas com esse acordo já passaram da fase do estudo”, defendeu Zema.
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O governador de Minas Gerais relembrou o
“Se essa decisão lá for concluída, dificilmente esse acordo aqui ficará de pé nos termos em que nós estamos propondo. Vale lembrar que não temos despesas com advogados e, lá fora, os grandes escritórios internacionais de advocacia - que têm representantes no Brasil - vão ficar com 30% desse bolo. Então, não vai ser Minas nem o Espírito Santo, nem o Brasil ganhando, mas os escritórios internacionais. Para mim, é uma questão de honra que esse acordo seja costurado aqui”, completou.
Presente no encontro, realizado no Palácio da Liberdade, o governador capixaba, Renato Casagrande (PSB) disse ter tratado do assunto com o ministro da Casa Civil do governo Lula, Rui Costa, recentemente.
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“Há uma diferença, hoje, do Ministério do Meio Ambiente, com relação aos valores. Pedi a ele, então, que pudesse também ter agilidade porque é melhor um acordo do que uma briga grande e longa na Justiça”, disse.
De acordo com Casagrande, sete anos e meio após o desastre ambiental, pescadores do Espírito Santo ainda estão proibidos de pescar na foz do Rio Doce devido à contaminação.
“Um acordo poderá fazer com que a gente compense a população atingida e poderá dar aos estados uma alternativa de fazer investimento que compensa a ausência do Turismo e de outras atividades”, completou.