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CPI da Lagoa da Pampulha pede acesso à depoimentos de delatores na Operação Lava Jato

Vereadores aprovaram requerimento para ter acesso a delações de dirigentes de construtora feitos durante Operação Lava Jato

Vereadores da CPI da Lagoa da Pampulha aprovaram requerimento para ter acesso à delações da Lava Jato

Os vereadores que compõem a CPI da Lagoa da Pampulha na Câmara de BH aprovaram nesta terça-feira (7) um requerimento pedindo à Procuradoria Geral da República acesso a depoimentos de delatores da Operação Lava-Jato.

Em entrevista à Itatiaia, o relator da CPI, vereador Bráulio Lara (Novo), afirmou que recebeu informações de que um dos delatores da Lava Jato citou supostos indícios de um esquema de corrupção envolvendo contratos da Lagoa da Pampulha.

A CPI pediu acesso aos documentos da PGR para saber exatamente o que foi dito na delação. O relator diz que qualquer indício de irregularidade será investigado.

“Os documentos que foram solicitados acabaram de ser recebidos nesta última semana. Então, para concluir qualquer coisa, dependemos de muito trabalho e muito estudo. Todos os contratos relativos à limpeza foram solicitados e agora fizemos um pedido à PGR para termos acesso a depoimentos da Lava Jato. Queremos ter acesso a todas as informações”, afirmou Lara.

A CPI solicitou à Prefeitura todos os contratos envolvendo a limpeza e o desassoreamento da Lagoa da Pampulha. Os primeiros documentos foram entregues na semana passada.

Entre os documentos, a CPI quer analisar os contratos da Prefeitura que foram firmados com a empreiteira Andrade Gutierrez.

Segundo a CPI, a prefeitura já gastou R$ 1,4 bilhão de reais em obras envolvendo a Lagoa da Pampulha.

A próxima reunião da CPI será na terça-feira que vem. Inicialmente, os trabalhos da CPI vão durar 120 dias.

A reportagem procurou a construtora Andrade Gutierrez mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.

Posicionamento da PBH

Questionada sobre a solicitação feita a Procuradoria Geral da República pelo acesso a depoimentos de delatores da Operação Lava-Jato, a PBH explicou:

A Prefeitura de Belo Horizonte desconhece qualquer investigação da Operação Lava-Jato sobre obras na Lagoa da Pampulha. O que a imprensa já noticiou foi delação premiada que alcançou obras da INFRAERO no Aeroporto da Pampulha, sem relação com a Prefeitura. De todo modo, cabe à Procuradoria-Geral da República esclarecer se há apenas confusão entre lagoa e aeroporto ou se há alguma investigação desconhecida até o momento.

O órgão também foi perguntado sobre o prazo de entrega de documentos e a forma de resposta parcial sobre os questionamentos dos vereadores.

Os vereadores não especificaram nenhum ofício que não tenha sido respondido no prazo legal. Todos foram respondidos e com apresentação dos documentos disponíveis. Contudo, a Prefeitura esclarece que a análise dos documentos apresentados cabe à CPI e aos técnicos da assessoria da Câmara, não cabendo aos técnicos do Município substituir os órgãos competentes nesta análise nem produzir informações inexistentes nos seus arquivos e processos administrativos.”

Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.