O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou para sua equipe econômica, em reunião nesta segunda-feira (27), que não vai manter a isenção total de impostos sobre os combustíveis.
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A desoneração dos combustíveis se tornou motivo para uma queda de braço entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e lideranças políticas do PT, como a deputada Gleisi Hoffmann. Haddad defendeu a volta dos impostos para garantir receitas aos cofres públicos, já algumas lideranças petistas temem o impacto do aumento do preço nas bombas.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, apesar de já ter decidido pela volta da cobrança dos impostos sobre os combustíveis, Lula quer alíquotas diferentes: percentuais maiores para os combustíveis fósseis, como a gasolina, e percentuais menores para os biocombustíveis, como o etanol.
Segundo o Ministério da Fazenda, a volta dos impostos federais sobre os combustíveis já está confirmada, mas os percentuais dos impostos ainda estão sendo discutidos.
No início do ano passado, em meio ao aumento do preço dos combustíveis, o governo de Jair Bolsonaro (PL) zerou as alíquotas da Cide e do PIS sobre os combustíveis.
A medida seria válida até 31 de dezembro, mas Lula decidiu prorrogar por dois meses quando assumiu o Palácio do Planalto. O prazo da prorrogação se encerra nesta terça-feira (28).
Nesta segunda-feira (27), Lula se reuniu com sua equipe econômica e com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para discutir a reoneração dos combustíveis. O Planalto ainda não fez nenhum anúncio oficial sobre a decisão.