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Zema diz ser contra aumento nos combustíveis, mas afirma que estado não pode abrir mão de receitas

Governador afirmou que decisão sobre volta dos impostos federais sobre os combustíveis é complexa

Governador Romeu Zema afirmou que situação sobre impostos em combustíveis é ‘complexa’

O governador Romeu Zema (Novo) classificou como “complexa” a definição sobre a volta dos tributos federais sobre os combustíveis, que vem sendo discutida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua equipe econômica.

Veja mais: Lula se reúne com Haddad e Jean Paul Prates em meio a indefinição sobre imposto sobre combustíveis

Em entrevista na manhã desta segunda-feira (27), antes de evento com empresários mineiros, Zema afirmou que é contra o aumento dos tributos, mas que vários estados passam por situação difícil e não podem ficar sem receitas.

“Somos da opinião que o Estado não pode aumentar tributos. Nos meus primeiros quatro anos, fiz questão de não ampliar nenhum tributo. O que foi possível reduzir, nós reduzimos. E estamos falando de uma tributação que foi alterada pela União. Como cidadão sou favorável a que o preço seja mantido, mas como governador, a União precisa ressarcir os estados e municípios das perdas que essa redução do ICMS trouxe. É uma situação complexa. Como governador posso dizer que Minas não pode abrir mão dessa receita, o estado ainda enfrenta sérias questões financeiras”, disse Zema.

Reunião no Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, nesta segunda-feira (27), com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

O encontro, que está na agenda oficial da Presidência da República, ocorre na véspera do término da validade da Medida Provisória que estendeu o prazo para desoneração de impostos federais que incidem sobre a gasolina e o etanol.

Desde o ano passado, por decisão do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o governo federal deixou de cobrar impostos como PIS/Cofins e a Cide sobre os dois combustíveis, como uma fórmula para conter, artificialmente, o preço dos produtos. A medida se encerraria em 31 de dezembro, mas foi prorrogada por Lula, no dia em que tomou posse, por mais 60 dias.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.