Luigi Mangione vai a tribunal nesta segunda (1º), e defesa deve pedir exclusão de provas

Mangione, além das acusações estaduais, enfrenta uma acusação federal, que pode resultar em pena de morte

Luigi Mangione conversa com o advogado Jacob Kaplan (à esquerda) no Tribunal Supremo de Manhattan durante uma audiência probatória no caso do assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Nova York, em 1º de dezembro de 2025. (Foto de Steven Hirsch / POOL / AFP)

Luigi Mangione, jovem de 27 anos acusado de matar o CEO da UnitedHealthCare no ano passado, compareceu a uma audiência no Tribunal Criminal de Manhattan nesta segunda-feira (1º), em Nova York, nos Estados Unidos.

Mangione foi preso dias após o assassinato de Brian Thompson, em quatro de dezembro de 2024, na porta de um hotel de luxo em Manhattan. Ele estava em um McDonald’s na Pensilvânia quando foi pego.

Durante a prisão, os policiais coletaram diversas evidências que ligariam Mangione ao assassinato dentro da mochila dele. A defesa dele, porém, argumenta que a revista foi ilegal, sem mandato, e que ele foi interrogado ilegalmente, ou seja, as evidências deveriam ser excluídas do processo estadual.

A princípio, os promotores negaram as alegações da defesa e concordaram com uma nova audiência sobre o assunto. Ela deve durar vários dias.

Mangione, além das acusações estaduais, enfrenta uma acusação federal, que pode resultar em pena de morte. Ele retornará ao tribunal no dia nove de janeiro de 2026.

O jovem se declarou inocente de todas as acusações. Vale lembrar que, em setembro, o juiz de Nova York Gregory Carro retirou as acusações de homicídio em primeiro grau em prol de um ato de terrorismo e homicídio em segundo grau como crime de terrorismo.

Agora, Mangione enfrenta uma acusação de homicídio em segundo grau, que pode resultar em prisão perpétua. Ele foi indiciado em abril e está preso em uma penitenciária no Brooklyn desde dezembro de 2024.

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Assassinato de CEO e prisão: relembre

O CEO da seguradora de saúde UnitedHealthCare, Brian Thompson foi assasinado a tiros em frente a um hotel de luxo em Nova York, onde acontecia uma conferência da empresa. O principal suspeito de matá-lo é o jovem Luigi Mangione.

O suspeito foi preso em um McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia, portando uma arma parecida com a usada no crime e um silenciador. A arma foi produzida de forma caseira e não tem número de série, o que pode dificultar as investigações sobre como ele teve acesso a ela.

No momento em que foi abordado, Luigi demonstrou nervosismo e começou a tremer. Além da arma, ele portava documentos falsos que usou para se hospedar em um albergue antes de cometer o crime.

Luigi Mangione foi preso cinco dias após cometer o crime. Vindo de uma família influente de Baltimore, ele está preso na penitenciária de Huntingdon, na Pensilvânia. Ele foi indiciado pelo tribunal federal pelos crimes de assassinato, perseguição e ofensa com armas de fogo.

Quem é Luigi Mangione

O rapaz, de 27 anos, nasceu e foi criado em Maryland, e também passou por São Francisco, na Califórnia, segundo o chefe de detetives de Nova York, Joseph Kenny. O último endereço registrado de Mangione era Honolulu, no Havaí.

Luigi é ex-aluno da Ivy League, uma conferência de oito universidades estadunidenses, se dizia anticapitalista e fazia parte de um manifesto que listava queixas contra o setor de saúde. Se formou na Universidade da Pensilvânia em ciência da computação e fundou um clube de desenvolvimento de videogames.

*Com CNN

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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