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Deputados do PT pedem ao STJ que Zema dê explicações sobre fala de ataques em Brasília

Governador insinuou que governo Lula pode ter feito “vista grossa” durante invasões aos prédios dos Três Poderes

Deputados do PT querem que STJ cobre explicações de Zema sobre fala de ‘vista grossa’ nos ataques em Brasília

Os deputados Reginaldo Lopes (PT) e Zeca Dirceu (PT) acionaram o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que o governador Romeu Zema (Novo) tenha que explicar e mostrar provas sobre sua declaração de que o governo Lula poderia ter feito “vista grossa” no dia em que as sedes dos Três Poderes foram invadidas.

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Os líderes do PT na Câmara querem que Zema seja convocado a dar explicações em um prazo máximo de 48 horas.

“Em nome do PT na Câmara, eu e o deputado Zeca Dirceu, acionamos no STJ o governador de Minas, Romeu Zema, para que ele explique em 48 horas as declarações mentirosas e irresponsáveis sobre a atuação do governo diante das manifestações terroristas do dia 8 de janeiro”, escreveu Reginaldo.

“A ideia de que o governo fez vista grossa, para se fazer de ‘vítima’, diante de toda a destruição dos bolsonaristas, é absurda e mais um ataque aos Poderes. O governador precisa ter responsabilidade e apresentar esclarecimentos dentro do prazo,sob pena de responder criminalmente”, continuou o deputado petista.

Na segunda-feira (16), em entrevista à Rádio Gaúcha, Zema afirmou que o governo federal pode ter feito “vista grossa” no dia em que centenas de pessoas invadiram e depredaram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e do Palácio do Planalto.

“Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, disse Zema.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.