Completando cinco anos de funcionamento neste domingo (16), o
Já em dezembro de 2024, o uso do dinheiro caiu para 68,9% enquanto o Pix estava sendo utilizado por 76,4% da população. O mesmo levantamento revela que em cinco anos, 53,4% dos brasileiros acreditam que não irão usar mais dinheiro para pagamentos, enquanto em 2021 esse número era de apenas 39,6%. Mas afinal, o
Para os especialistas a resposta é difícil de prever, mas a aposta de momento é de que não, o dinheiro físico não vai sumir. Segundo João Paulo Borges, coordenador-geral de Regulação do Sistema Financeiro na Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, e auditor de carreira do Banco Central, o dinheiro em cédulas e moedas ainda é muito importante para o brasileiro.
“Eu diria que o dinheiro não vai acabar. O Doc acabou, o TED continua sendo utilizado mas obviamente com percentual muito menor do que antes do Pix. Agora, o dinheiro ainda é muito utilizado por uma parcela da população que não tem um acesso mais direto aos meios digitais, que eventualmente tem uma preferência por pagar em moeda e cédula mesmo”, disse.
O especialista ressalta que em outros países, métodos de pagamento digitais instantâneos não acabaram com os meios de pagamento físico. “De qualquer maneira, o Pix é uma alternativa extremamente importante, e o que a gente observa é a facilidade de se usar. Quando uma pessoa viaja para o exterior e tenta realizar um pagamento, ela observa como o sistema brasileiro é muito virtuoso”, ressaltou.
Governo de Trump anuncia redução de tarifas de café, carne, banana e açaí Leia o comunicado na íntegra sobre a redução das tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros
Segundo dados do Banco Central, em outubro foram realizadas mais de 7 bilhões de transações via Pix, movimentando mais de R$ 3 trilhões. Cerca de 2,7 bilhões dessas operações foram realizadas de pessoas para empresas (44%), enquanto 2,6 bilhões foram operações entre pessoas físicas.
Atualmente, o Pix já chega a 90% da população adulta. Os dados são de um estudo do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), conduzido pelos economistas Fabricio Trevisan, Lauro Gonzalez, Eduardo Diniz e Adrian Cernev.
A pesquisa mostra uma ascensão meteórica no Pix dentro da sociedade brasileira. Em novembro de 2020, logo quando foi lançado, a ferramenta chegou em apenas 6,2% da população; três anos depois, o alcance já superava 77%. Hoje, a ferramenta é fundamental para a inclusão financeira.