BH: Técnicos da Fazenda e do BC debatem evolução do PIX e mudanças no vale-alimentação

O primeiro seminário do Instituto Propague, entidade sem fins lucrativos ligada à Associação Brasileira de Instituições de Pagamento (Abipag), reuniu técnicos do Ministério da Fazenda e do Banco Central para debater a evolução do PIX e as mudanças no vale-alimentação. O encontro levou cerca de 600 pessoas para o auditório da Faculdade de Direito da UFMG, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (13).

Segundo o presidente do Instituto Propague, Gabriel Cohen, o evento teve como objetivo propagar o debate e a pesquisa científica sobre cidadania financeira no Brasil. “O Instituto tem uma visão muito cristalina, e por meio da formação de estudos e reflexões sobre a cidadania financeira no Brasil, que a gente tem se debruçado nos últimos tempos”, disse.

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Cohen destacou que o seminário ocorreu em um bom momento, próximo do aniversário de 5 anos do PIX. Ele destaca que a ferramenta é um arranjo de pagamento transformador para o país, que combina segurança, simplicidade e inovação. “A gente espera que essa agenda de evolução siga, tanto para fins de compra, quanto para fins de transferência”, afirmou.

O debate sobre o PIX ocorreu acerca do acesso ao crédito por micro e pequenas empresários, que deve nortear a próxima grande evolução da estrutura do método de pagamento. O Banco Central estuda maneiras de levar o PIX para a garantia de empréstimos, reduzindo os juros e ampliando o financiamento das companhias.

Vale-refeição e vale-alimentação

O seminário também aproveitou o embalo do decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para debater as mudanças nos vales refeição e alimentação, com uma mesa sobre as medidas para maior acesso em prol dos trabalhadores. Segundo Felipe de Paula, membro do Conselho Científico do Propague, o decreto amplia a concorrência.

“O ganho para o trabalhador é a manutenção de uma política pública que almeja alimentação de qualidade, e o desejo de que os custos finais para esse trabalhador caiam. É isso que a gente espera, e acho que isso é bastante possível. Agora, é uma agenda a se cumprir para que seja entregue a execução final desse projeto”, disse,

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Em linhas gerais, o decreto vai criar uma taxa máxima de cobrança de 3,6% das operadoras dos cartões aos estabelecimentos comerciais. Sem uma regulamentação, a taxa média cobrada aos lojistas estava chegando em quase 6%, patamar acima do cobrado nos cartões de crédito (3,22%) e débito (2%).

Sem uma regulamentação, a taxa média cobrada aos lojistas estava chegando em quase 6%, patamar acima do cobrado nos cartões de crédito (3,22%) e débito (2%). Entidades que representam bares e restaurantes, supermercados e padarias, afirmam que a taxa atual eleva os custos aos consumidores finais. O governo espera beneficiar 22 milhões de trabalhadores.