Bolsa supera os 155 mil pontos com fim do ‘shutdown’ dos Estados Unidos no radar

Fim da paralisação no governo de Donald Trump deve ser votado pelo Congresso americano ainda nesta segunda-feira (10)

Bolsa brasileira bateu seu décimo primeiro recorde seguido

O Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador do mercado de ações da bolsa brasileira (B3), bateu o décimo primeiro recorde seguido nesta segunda-feira (10) com um avanço de 0,77% aos 155.257,31 pontos. No radar dos investidores está o fim da paralisação do governo de Donald Trump nos Estados Unidos.

Na noite de domingo (9), senadores democratas e republicanos chegaram a um acordo para retomar o financiamento do governo e por fim ao chamado ‘shutdown’. A negociação prevê a votação de um projeto de lei orçamentário para manter o funcionamento do governo até o fim de janeiro de 2026.

O governo Trump está sem orçamento para diversos serviços desde o dia 1º de outubro, com o financiamento garantido apenas para atividades essenciais. A paralisação, por exemplo, prejudicou a divulgação de dados oficiais da economia, como o payroll - os dados oficiais do mercado de trabalho.

A paralisação causou transtorno até no tráfego aéreo do país, com milhares de voos sendo cancelados por dia. Sem financiamento, diversos servidores estavam sendo afastados de suas funções, enquanto outros estavam trabalhando sem receber. A expectativa é que a votação que coloca fim no ‘shutdown’ ocorra ainda nesta segunda-feira (10).

Dólar cai em desvalorização global

O fim da paralisação também teve um efeito positivo no mercado cambial. Frente ao real, o dólar caiu 0,51%, cotado a R$ 5,30. Globalmente, o indicador do dólar (DXY), que mede a força da moeda frente às demais, fechou estável a 99,578 pontos.

Leia também

Segundo o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Leonel Mattos, a perspectiva de fim do shutdown favorece o apetite dos investidores por risco. “Mesmo sem uma garantia, o progresso nas negociações entre os dois partidos gerou um otimismo de que a paralisação possa se encerrar nos próximos dias”, disse.

“A reabertura do setor público americano permitiria a retomada da coleta e da publicação de estatísticas econômicas, suspensas desde o dia 1º de outubro.Isto, por sua vez, favoreceu o apetite por riscos entre investidores e beneficiou o desempenho de ativos arriscados, como ações e moedas de economias emergentes, dentre elas o real”, explicou.

Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

Ouvindo...