O Ministério da Fazenda reduziu a projeção de
Segundo a pasta, a revisão está relacionada à menor projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, quando espera um avanço de 0,3% como reflexo do alto patamar da taxa de juros reais.
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Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está fixada em 15% ao ano, com o Banco Central adotando uma política monetária restritiva para levar a inflação para o centro da meta de 3%, elevando o custo do crédito e desacelerando a atividade econômica. Como resultado, a taxa de juros reais está em 10%, a segunda maior do mundo.
“O ritmo de atividade seguiu em desaceleração no terceiro trimestre, repercutindo o alto patamar dos juros reais. Essa desaceleração já era esperada, e repercute efeitos defasados e cumulativos da política monetária restritiva em vigor”, disse o Ministério da Fazenda.
No balanço setorial, o governo revisou a previsão de crescimento do agronegócio de 8,3% para 9,5%, enquanto para a indústria houve queda de 1,4% para 1,3%. Em relação ao setor de serviços, houve ligeira revisão do PIB para baixo de 2,1% para 1,9%.
Inflação é revisada para baixo
Nas projeções da Fazenda, a estratégia do BC parece dar certo. A pasta também reduziu a projeção do
Segundo o governo, essa projeção reflete os efeitos do real mais apreciado, a menor inflação de alimentos e itens indústrias, e o excesso de oferta de bens em escala mundial como reflexo da guerra tarifária do comércio global.
A Fazenda também ressalta que a desaceleração causada já se reflete na queda nas concessões reais de crédito pelas instituições financeiras e o desaquecimento do mercado de trabalho, ainda que a taxa de desemprego siga em patamares historicamente baixos.