Desemprego cai para o menor nível desde 2012 no terceiro trimestre, diz IBGE

Dados da PNAD Contínua Trimestral mostram que taxa de desocupação teve queda em 2 das 27 unidades da federação, enquanto as demais ficaram estáveis

Rio de Janeiro e Tocantins tiveram queda na taxa de desemprego

A taxa de desemprego no Brasil chegou em 5,6% no terceiro trimestre de 2025, a menor da série iniciada em 2012, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados são da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) Trimestral divulgada nesta sexta-feira (14).

A taxa de desocupação foi a mesma registrada nos trimestres móveis até julho e agosto de 2025.

Segundo o IBGE, houve queda na taxa em 2 das 27 unidades de federação em comparação com o 2º trimestre de 2025: Rio de Janeiro teve recuo de 8,1% para 7,5%, e no Tocantins de 5,3% para 3,8%. No restante dos estados o desemprego ficou praticamente estável.

Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, o 3º trimestre de cada ano é um período de adaptação do mercado de trabalho para atender as expectativas dos agentes da economia com relação ao fim de ano. A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura (por emprego)”, disse.

As maiores taxas de desemprego foram medidas em Pernambuco, com 10%, Amapá, com 8,7%, e Bahia (8,5%). As menores taxas foram em Santa Catarina e Mato Grosso, com 2,3%, e Rondônia, com 2,6%. Em Minas Gerais, a taxa foi de 4,1%.

Os dados ainda revelam que todas as faixas de tempo de procura por emprego tiveram redução no número de desocupados, na comparação com o mesmo período de 2024. A faixa de 1 mês a menos de 1 ano, registrou 3,1 milhões de pessoas, enquanto a de 1 ano a menos de 2 anos registrou 666 mil, o menor resultado desde 2012.

Na faixa inicial, de menos de um mês, foram 1,1 milhão de pessoas, e na faixa de 2 anos ou mais 1,2 milhão, os menores contingentes desde 2015. Na faixa de tempo mais longa, o recuo foi de 17,8% frente ao terceiro trimestre de 2024, ou 5,6¨frente ao segundo trimestre de 2025.

Rendimento do trabalhador cresce no Sul e Centro-Oeste

No terceiro trimestre de 2025, o rendimento médio real de todos os trabalhadores foi estimado em R$ 3.507,00. O resultado é praticamente estável na comparação frente ao trimestre imediatamente anterior, de R$ 3.497,00, e alta frente ao mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.373,00).

O Sul e o Centro-Oeste foram as regiões com alta estatisticamente significante do rendimento, de R$ 4.036,00 e R$ 4.046,00 respectivamente, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao terceiro trimestre de 2024, o rendimento teve alta no Nordeste (5,7%), Sul (8,4%), e Centro-Oeste (5,8%).

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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