Dia após dia, as investigações do
As diligências conduzidas pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Minas Gerais (PC) já esclareceram pontos importantes acerca da dinâmica do crime, como por exemplo:
- A arma da delegada da Polícia Civil, Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa de Renê Júnior,
foi a utilizada no crime . A balística comprovou o fato. - Renê chegou na empresa em que estava fazendo testes
cerca de 30 minutos depois do crime . O tempo de deslocamento bate perfeitamente com o necessário para percorrer a distância do local do assassinato até onde o suspeito trabalhou. - O cruzamento da placa do carro dirigido pelo atirador com o modelo do veículo, filmado por câmeras de segurança, mostrou apenas uma correspondência em Belo Horizonte,
o que levou a polícia até Ren ê. Não existia outro carro, um híbrido de luxo, do mesmo modelo com as mesmas combinações de letras e números. - Testemunhas reconheceram Renê prontamente. O porte físico fora do comum do homem ajudaram no reconhecimento.
Renê possui histórico de violência doméstica . Ele já agrediu ex-companheiras no Rio de Janeiro e em São Paulo. Porém, não foi preso em nenhuma das ocasiões.
O que ainda falta saber?
A Polícia Civil trabalha para preencher outras lacunas sobre a morte de Laudemir. São elas:
- O trajeto feito pelo homem no dia do crime e o teor das ligações telefônicas feitas por ele na data.
A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico e do rastreamento do carro de Renê e em breve estas questões serão respondidas. - Como Renê teve acesso a arma do crime? A delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira sabia que ele estava portando sua pistola 380? O acesso à arma era facilitado na casa em que eles moravam?
Houve negligência da agente pública ? - O que Renê fazia no local do crime, fora da sua rota comum de trabalho?
Ele portava ou estava sob efeito de entorpecentes ? - Por que
Renê não foi algemado pela Polícia Militar e nem levado no camburão quando foi preso em uma academia de alto padrão na região Oeste de BH?
O crime
Segundo o dono da empresa terceirizada que presta serviço à Prefeitura de Belo Horizonte, o suspeito ameaçou a motorista do caminhão de coleta, apontando um revólver para o rosto dela antes de disparar contra o gari. Ele afirmou que a rua era larga e que a motorista havia encostado o caminhão para permitir a passagem do carro do atirador, um BYD de grande porte.
Mesmo assim, o homem teria feito a ameaça de matar todos caso o veículo fosse encostado no dele.
Os garis tentaram convencer o agressor a não atirar, mas, após o carro passar, ele teria descido, atirado e atingido o abdômen de Laudemir. O trabalhador foi levado para o Hospital Santa Rita, mas morreu pouco depois.