A vice-diretora da Escola Municipal Lindomar Teixeira, no bairro Jardim São Judas Tadeu, Região de Justinópolis, em Ribeirão das Neves, Grande BH, foi agredida com um soco pela avó de um aluno, na tarde desta quinta-feira (9). A situação foi registrada por uma câmera de segurança.
Segundo o boletim de ocorrência (BO), a autora, uma idosa de 61 anos, chegou na escola no turno da manhã, demonstrando comportamento exaltado e tom de voz alterado. No local, demonstrou irritação crescente e, em meio a ameaças, afirmou que “voltaria para resolver”.
Já no período da tarde, por volta das 16h30, no horário de saída dos alunos, a autora voltou à escola, novamente exaltada e fazendo ameaças.
Em determinado momento, de forma repentina, a idosa deu um soco no olho esquerdo da vítima, de 62 anos, causando um corte na pálpebra e deixando a região roxa.
Após a agressão, a mulher continuou gritando ameaças aos servidores da escola, foi para a rua e passou a pegar pedras e pedaços de madeira, arremessando-os na direção do pátio da escola, onde ainda havia alunos, professores e funcionários, o que gerou correria entre as crianças.
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— Itatiaia (@itatiaia) October 10, 2025
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Quando a polícia chegou ao local, a autora já não estava mais lá. Buscas foram realizadas nas proximidades, porém, a idosa não foi encontrada.
A vítima recusou atendimento médico e foi orientada pela PM a realizar representação criminal na Polícia Civil e a solicitar medidas protetivas caso as ameaças continuem.
Queda de aluno motivou agressões
A Itatiaia conversou com Bruno Christiano Silva Ferreira, filho da vice-diretora agredida e professor da PUC Minas há dez anos. Segundo ele, a causa das agressões foi a queda do neto da autora em um brinquedo colocado na escola para celebrar a Semana da Criança.
“A escola entrou em contato com a família, conversou com a avó materna, deixou tudo muito claro. A criança foi para casa e hoje, pela manhã, a avó paterna chega na escola brava, esbravejando, falando que o neto dela tinha sido machucado e que ela queria saber de uma providência”, começou ele.
Segundo Bruno, a secretária da escola então chamou a vice-diretora para atender a mulher e explicou que o que a escola podia ter feito, foi feito. Como a mulher continuou muito nervosa, foi orientada pela vítima a procurar seus direitos. A autora então foi embora, esbravejando.
Posteriormente, no turno da tarde, a avó retornou ao local com duas tias do garoto que havia se machucado. A vítima, por sua vez, estava na porta da escola, entregando os alunos aos pais. Neste momento, ocorre a agressão.
“Ela chega e já agride a minha mãe. E, efetivamente, ela já chega agredindo a minha mãe, sem falar absolutamente nada. Aliás, gesticula algumas coisas e bate na minha mãe, dá um soco muito forte. Minha mãe está com um corte no supercílio, com o olho roxo. Ela não se machucou mais porque estava de óculos”, contou Ferreira.