O governo de Minas anunciou nesta quinta-feira (09) que estudos recentes demonstraram a
“Dentro do rito natural de um projeto de engenharia dessa complexidade, foi apresentado pela concessionária do metrô, juntamente com a EMRS, que é a Concessionária do Transporte de Carga, um estudo preliminar que falava da inviabilidade da linha dupla, que é a previsão contratual, e apontava a linha singela. De lá pra cá, o que nós tivemos foi muito debate, muitos estudos, aprofundamento, e agora, recentemente, o próprio metrô reviu a sua posição, trazendo da viabilidade da linha dupla, e a gente autorizou, com isso, a Secretaria de Estrutura autorizou a execução do projeto executivo”, afirmou, antes de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Segundo Pedro Bruno, a tendência é que, até o fim do ano, os estudos de viabilidade estejam concluídos e o governo tenha uma definição sobre o tema.
“O projeto executivo vai ser feito de agora até o final do ano, e ele dentro do ciclo natural de projeto de engenharia, que vai trazer uma posição conclusiva. Nossa visão hoje é que, de fato, é viável a linha dupla, sujeito a essa confirmação na etapa do projeto de engenharia, e isso vem dentro de uma evolutiva”, disse.
Oposição comemora
Na ALMG, deputados estaduais da oposição ao governo Romeu Zema (Novo) atribuíram a decisão à pressão popular e a agendas com o governo federal. Para a deputada Bella Gonçalves (Psol), a linha singela, caso confirmada, seria prejudicial aos usuários da região do Barreiro.
“Nós consideramos uma conquista da incidência parlamentar, do nosso trabalho, mas também na mobilização histórica de moradoras e moradores do Barreiro, que participaram de todas essas atividades e que deixaram bem claro que não iam aceitar uma proposta de linha singela, que na prática é uma via de mão única, que atrasaria demais as viagens e precarizaria o tempo de viagem e deslocamento da população do barreiro”.
Na proposta inicial da linha singela, o mesmo trem faria os dois sentidos, chegando ao terminal, desembarcando os passageiros e voltando a circular. Nesse modelo, os intervalos entre as viagens poderiam chegar a sete minutos.
A expectativa, de acordo com o governo de Minas, é que a obra avance em 2026, melhorando o transporte e reduzindo o tempo de deslocamento na região do Barreiro.