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Megaoperação no Rio matou mais do que o último ataque de Israel em Gaza

A operação mais letal do Rio de Janeiro tinha como alvo a facção Comando Vermelho

A megaoperação contra o CV (Comando Vermelho) que aconteceu nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, é a mais letal da história do estado

O número de mortos devido à megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro é maior do que os bombardeios de Israel entre esta terça e quarta (28 e 29) na Faixa de Gaza. A Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro apontou 119 mortos, sendo 115 traficantes e quatro policiais.

Já os ataques de Israel em Gaza, que duraram 12 horas, mataram 104 palestinos, entre elas 46 crianças. O governo israelense ordenou o ataque mesmo com o acordo de cessar-fogo ativo devido a supostas mentiras do Hamas sobre a entrega de reféns.

O primeiro balanço apontava 64 mortos, entre eles quatro policiais. O segundo balanço, divulgado nesta quarta (29) pela Defensoria Pública, aponta 132 mortes. Posteriormente, a Polícia Civil do RJ divulgou que foram 119 mortos, sendo 115 traficantes e quatro policiais. Vários corpos foram encontrados em uma área de mata nesta manhã e continuam sendo resgatados por moradores das comunidades.

Quanto aos presos, o primeiro balanço apontava que foram 81. Nesta quarta, a PCERJ divulgou que são 113 presos no total, sendo 33 de outros estados e 10 adolescentes. Também foram apreendidas 118 armas e 14 artefatos explosivos.

A operação, que ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, teve como alvo lideranças da facção do Comando Vermelho.

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A cidade enfrentou um verdadeiro cenário de guerra durante a operação nessa terça, com barricadas feitas por traficantes, trocas de tiros e até lançamento de granadas, que provocaram o fechamento de escolas municipais e postos de saúde, além do desvio do trânsito.

Mesmo com as atividades já normalizadas nesta quarta, escolas e postos de saúde continuaram fechados por medo dos moradores de uma possível retomada dos tiroteios.

Quatro moradores foram atingidos por balas perdidas, incluindo uma mulher baleada dentro de uma academia. Foram apreendidos quase 100 fuzis, além de uma grande quantidade de munições e granadas. Entre os mortos, estavam os policiais Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos; Rodrigo Velloso Cabral, de 34; Cleiton Serafim Gonçalves, de 42; e Heber Carvalho da Fonseca, de 39.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.